Tratado de Lisboa morreu

Respeito a decisão, já esperada, dos eleitores irlandeses.

Quero, no entanto, deixar aqui a expressão do meu sentido pesar e profundo desalento pela decisão que, para alegria de alguns, tanto me decepcionou. A Europa que eu quis não foi possível.

Comentários

jrd disse…
Meu caro Esperança,
O que terá morrido foi o "putativo" Tratado.
Caro JRD:

E o que nasceu foi a incerteza e maiores dificuldades para o espaço de cuja cultura e modelo político nos reclamamos.
eng.rui.silva disse…
Porreiro pá !!!

ahahahah
andrepereira disse…
Um dia triste para a Europa e para o Mundo...
andrepereira disse…
é tão divertido estar sempre do contra, rir como um alarve de todas as desgraças do mundo. e no fim dizer: eu não vos disse.... eu já sabia.
São os espertalhões. os espertalhões da desgraça... fiquem com os vossos risos cínicos, com o veneno que destroi a alma.
A Europa vai-se reerguer e vamos ter uma voz no mundo, mais alta e mais digan que a de um punhado de eleitores ... de um país rico...
Camarelli disse…
CE:

A incerteza não nasceu hoje, já existe há muito.

Hoje morreu um tratado mas não a Europa.

Pelo facto de haver quem não conceba soluções melhores, não significa que elas não existam.

Voltemos à Constituição, sem pressas, passo a passo, não imponham uma Bíblia para tragar de uma vez.
Há que eleger uma assembleia constituinte alargada e trabalhar a partir daí.

Hoje sinto-me muito mais representado enquanto Europeu porque outros como eu puderam fazer o que a mim foi negado: referendar uma pílula de Lisboa cuja embalagem, por falta de contra-indicações, sugeria ser mais banha-da-cobra que outra coisa.

Bem vinda de volta, Europa!
Como já se previa, a maioria da minoria dos irlandeses que votaram (se fosse em Portugal o referendo não seria vinculativo, por terem apenas votado menos de metade dos eleitores)votou "não", porque a convenceram de que o "sim" significaria a legalização do aborto, dos casamentos entre homossexuais e de outras blasfémias que a Santa Madre Igreja reprova. Mas nem tudo está perdido. Se os restantes países - ou pelo menos 23 dos 27 - o ratificarem, estão previstos mecanismos para tentar salvar o essencial. O Tratado de Lisboa ainda não morreu!
jrd disse…
Amigo Esperança,
És capaz de ter razão quanto à incerteza e às dificuldades.
Mas,não me leves a mal,mesmo assim prefiro essa incerteza do que esta certeza que temos aqui e agora.
Um abraço do teu Amigo que, às vezes, discorda salutarmente de ti.
RJ disse…
Penso que será possível realizar novo referendo na Irlanda, de preferência sem a campanha depreciatica e demagógica que o AHP fala.
E não fica muito bem ao país que mais lucrou com os fundos comunitários rejeitar o tratado...

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