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A FRASE
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Carlos Esperança
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A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Por
Carlos Esperança
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Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
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Leio hoje no circunspecto suplemento "Saúde Pública" do não menos circunspecto semanário "Expresso", num artigo intitulado "Café, ciência e saúde", nada mais nada menos do que o seguinte: "O oxigénio, essencial à sobrevivência humana, pode, em doses elevadas, ser altamente tóxico para o ser humano"!
Ainda me hei-de rir (se lá chegar) quando os médicos descobrirem que os frequentadores dos cafés reservados a não fumadores morrem mais depressa que os outros, por respirarem oxigénio a mais!
À cautela, por já ter idade provecta, vou-me rindo já: Ah!,Ah!,Ah!
Justiça
Portugal é um dos países europeus com mais presos
Hoje às 20:45
A Direcção-Geral de Serviços Prisionais defendeu, este sábado, que Portugal é um dos países europeus com maior taxa de encarceramento e que o número de reclusos em liberdade prisional não aumentou este ano, contrariando, desta forma, um estudo divulgado, na passada sexta-feira, pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.
Portugal é um dos países europeus com maior número de presos por 100 mil habitantes, de acordo com dados divulgados, este sábado, pela Direcção-Geral de Serviços Prisionais, sendo que o número de reclusos em liberdade prisional no mesmo país não aumentou este ano de 2008, de acordo com o mesmo organismo.
«Mesmo após a aplicação da reforma penal, Portugal situa-se entre os países da Europa com maior taxa de encarceramento», segundo uma nota da DGSP.
O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público divulgou, na passada sexta-feira, um estudo que estabelece uma relação causa-efeito entre as reformas penais de 2007, a redução do número de presos e o aumento da criminalidade violenta em Portugal, documento da autoria do procurador Rui Cardoso, membro da direcção do SMMP.
O documento demonstra também que Portugal é dos países europeus com menos presos preventivos, e que este mesmo número tem diminuído.
No mesmo estudo, foi considerado que as alterações legislativas ocorridas em 2007 «transmitiram à sociedade em geral e ao mundo criminoso, em particular, inequívoco sinal de brandura do sistema penal, ao mesmo tempo que reduziram as possibilidades de aplicação da medida de coacção de prisão preventiva e de penas de prisão efectivas».
Para Rui Cardoso, estas alterações tiveram «evidentes consequências nas prisões portuguesas, tais como a significativa redução do número de presos em cumprimento de pena e do número de presos efectivos».
Contrariamente a este estudo, a DGSP esclareceu, este sábado, que «ao contrário do que se afirma, Portugal tem uma taxa de encarceramento (104 por 100.000 habitantes) superior à maior parte dos países europeus» e avançou exemplos, tais como a França e Alemanha, onde esta taxa é de 91, de Itália, com 83, da Irlanda, com 76, da Grécia, com 99, da Bélgica, com 94 e da Dinamarca, cuja taxa é de 66.
O organismo acrescentou que, «dos 167 reclusos que saíram por ter terminado o prazo de prisão preventiva, após 15 de Setembro de 2007, 15 por cento regressaram ao sistema prisional, já condenados em pena de prisão nos processos à ordem dos quais se encontravam quando foram libertados».
«Não aumentou o número de reclusos saídos em liberdade condicional comparativamente ao ano anterior, nem diminuiu o número de reclusos entrados no sistema», concluiu a DGSP.