O que diz a direita portuguesa?

As principais praças norte-americanas encerraram em forte alta, sustentadas pela convicção de que o resgate da Fannie Mae e da Freddie Mac pelo governo norte-americano estabilizará o sistema financeiro mundial, abalado por perdas com o crédito no valor de 507 mil milhões de dólares.

Comentário: Quando um Governo ultraliberal se sente na necessidade de salvar da bancarrota empresas privadas, obrigando todos os contribuintes a pagar a derrocada, está a confessar a falência do liberalismo económico. De forma eloquente.

Comentários

andrepereira disse…
O maldito Estado afinal é útil nos momentos difíceis.
É pena que não se faça justiça aos gerentes que usaram e abusaram das poupanças dos pequenos aforradores e dos créditos aos pequenos consumidores.
Para estes senhores, o Estado, em vez de servir para minorar as desigualdades económicas e sociais, serve para amparar as empresas capitalistas!
e-pá! disse…
DÁ DIVIDENDOS DIZER MAL DO ESTADO...

As empresas privadas são todas o máximo (mesmo as que vão à falência...)
Todavia, todas anseiam sentar-se à mesa do Orçamento Geral do Estado, nomeadamente, nos tempos de crise.
Ou querem pagar menos impostos, ou imploram perdões de dívidas, ou negociatas com obras públicas, ou pura e simplesmente dinheiro sonante.

É, por estas razões que a Direita berra, aos quatro ventos, que o Estado tem de emagrecer.
E nessa onda, pagar mal, ou congelar, salários dos funcionários públicos, demitir-se de executar políticas sociais, taxar tudo e mais alguma coisa, etc., são dietas de emagrecimento (à fome).

Os serviços públicos que derem lucro, sem riscos, são para privatizar...já!
A não ser que estejam como a Fannie Mae, à beira da falência, onde o excessivo Estado as vai resgatar da vergonha, para compor o mercado.
Aí, o dinheiro dos impostos entra.

Diria o meu avô: um negócio da China!
Eu também gostava de saber o que dirá a "esquerda" portuguesa. Essa mesmo, dos negócios escuros, das dissoluções parlamentares pedidas em embaixadas ao "presidente", etc. E já agora, viram qual foi a reacção do Obama, esse prototipo de menino CDS bem apessoado? É contra e lá vem o discurso do "Estado a mais, o bolso dos contribuintes, etc"...

Estou contente e quero lá saber que tenha sido G.W. Bush a promover a nacionalização. Talvez assim acabe a febre de entregar o que é viável e pertence ao Estado, aos privados sem passaporte que logo desfazem as empresas aos pedaços. E talvez, com um pouco de sorte, lá vão voltando as quotas de importação que nos tranquilizavam. Globalizações? Depende. Esta NÃO serve.

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