Mensagens populares deste blogue
A FRASE
Por
Carlos Esperança
-
A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Por
Carlos Esperança
-
Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Pode dormir descansado!
Depois do douto post de Vital Moreira no Causa Nossa, em 12.09.08, onde emite o terrível laudo:
- "Não percebo por que é que o PS arrisca uma séria querela político-institucional com Belém por causa do caprichismo radical dos partidos açoreanos" - , vamos assitir a mirabolantes cambalhotas .
O grupo parlamentar do PS vai entrar em reflexão, reunir com Sócrates, pedir mais pareceres,etc., até arranjar condições para fazer marcha à ré.
Os outros Grupos parlamentares - o diploma mereceu a unanimidade na AR - vão dizer que estavam distraídos e avaliaram mal a situação. Vão representar o papel de enganados.
O PS não pode contar com a sua solidariedade.
Nomeadamente com MFL, que nunca afrontará ACS.. Além disso, por mania ou hábito, não sei bem - não costuma falar.
Conclusões:
1- Sócrates sai enfraquecido desta questão no seu relacionamento institucional e vai ter de enfrentar inesperadas quesílias com o PS-Açores.
2- Alberto Martins perde autoridade política no grupo parlamentar, depois de ter esticado demasiado a corda.
3- Os reflexos negativos deste incidente na Esquerda são inevitáveis, embora a Direita não tenha acapacidade, nem campo de manobra, para capitalizá-los.
O primeiro grande imbróglio constitucinal entre dois Poderes do Estado, sejamos contidos, não vai correr bem.
É preciso tirar ilações deste facto.