As eleições presidenciais dos EUA
Após dois mandatos de George W. Bush, a eventual eleição de McCain é aterradora. Depois de um presidente que invadiu o Iraque por ordem divina, indiferente à verdade e ao direito internacional, talvez sequelas do alcoolismo, conviria alguém com cultura e sensibilidade para usar o imenso poderio militar e económico dos EUA a favor da paz.
Quando se esperava que a demência dos neoconservadores fosse punida nas urnas e os democratas reiniciassem um período civilizado de relacionamento com a Europa e de respeito pelos outros povos, sem ameaças à Rússia nem apoio incondicional a Israel, eis que a América rural e beata viu na inculta Governadora do Alasca a versão feminina de Dick Cheney, para persistir na tragédia dos republicanos ligados ao petróleo e à oração.
Se o senador McCain for eleito e o Senhor servido de o chamar à sua divina presença, e se algum azar ou interesse particular lhe reservar o destino de Kenedy, os EUA terão a primeira mulher presidente e o mundo razões para ter medo.
Já alguém se deu conta do que seria uma apaixonada por armas, a mulher que à leitura de um livro prefere uma caçada, a criacionista convicta e militante, à frente dos EUA?
A entusiasta da pena de morte, contrária ao aborto nos casos de violação e incesto, pode tornar-se presidente dos EUA por acaso da sorte e vontade do eleitorado que demorou a detestar Bush mas, distraidamente, lhe pode prolongar a política.
É difícil prever as consequências do colapso financeiro em curso e dos desmandos do liberalismo económico nas próximas eleições, mas os ventos republicanos semearam tempestades de efeitos imprevisíveis. Bush já ultrapassou largamente Hugo Chávez na dimensão das nacionalizações a que procedeu. E como as abominava!
Quando se esperava que a demência dos neoconservadores fosse punida nas urnas e os democratas reiniciassem um período civilizado de relacionamento com a Europa e de respeito pelos outros povos, sem ameaças à Rússia nem apoio incondicional a Israel, eis que a América rural e beata viu na inculta Governadora do Alasca a versão feminina de Dick Cheney, para persistir na tragédia dos republicanos ligados ao petróleo e à oração.
Se o senador McCain for eleito e o Senhor servido de o chamar à sua divina presença, e se algum azar ou interesse particular lhe reservar o destino de Kenedy, os EUA terão a primeira mulher presidente e o mundo razões para ter medo.
Já alguém se deu conta do que seria uma apaixonada por armas, a mulher que à leitura de um livro prefere uma caçada, a criacionista convicta e militante, à frente dos EUA?
A entusiasta da pena de morte, contrária ao aborto nos casos de violação e incesto, pode tornar-se presidente dos EUA por acaso da sorte e vontade do eleitorado que demorou a detestar Bush mas, distraidamente, lhe pode prolongar a política.
É difícil prever as consequências do colapso financeiro em curso e dos desmandos do liberalismo económico nas próximas eleições, mas os ventos republicanos semearam tempestades de efeitos imprevisíveis. Bush já ultrapassou largamente Hugo Chávez na dimensão das nacionalizações a que procedeu. E como as abominava!
Ponte Europa/SORUMBÁTICO
Comentários
A vida, e como tal a política, não se move por determinismos, embora por vezes surjam fatalidades como a que contextualiza o seu post.
Mas NOV continua distante...
As mais recentes sondagens mostram indícios de viragem do eleitorado.
Da leitura de várias sobdagens, que inundam os blog's, a última que retive link, da CBS, dizia:
Em 08.09.08
McCain - 46%;
Obama - 44%.
Hoje:
McCain - 43%;
Obama - 48%.
McCain tem necessidade de mobilizar a totalidade da direita que, sendo seus naturais apoiantes, muitos poderão estar desinteressados, quer pelas guerras no exterior, quer pela calamitosa situação económico-financeira.
Obama, tem o eleitorado democrata, tanto quanto possível, sobre controlo.
A disputa eleitotal acaba por se transferir para os "moderados".
Neste campo Barack Obama leva vantagem sobre o falcão John McCain.
Nota final: qual o real peso dos(as) vices na escolha do eleitorado. Não estará a ser empolado?
Quando John Kennedy foi eleito alguém conhecia (politicamente falando) Lyndon B. Johnson?