Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c
Comentários
É hilariante como alguns neo-liberais tentam dar a volta ao texto em comentários na comunicação social sobre esta terrível situação.
Em vez de se responsabilizarem pelas consequências do "mercado livre", que exaustivamente defenderam, retirando-lhe todo e qualquer tipo de regulação, o que conduziu ao desastre actual, glosam com a crise, afirmando que o "pessoal de esquerda", com as intervenções do Estado na Economia dos States, vai pensar que chegou o "socialismo" à América!
A sua "cultura" não dá para entender que ninguém gosta que o tomem por burro...muito menos por aqueles que não tiveram dignidade nem souberam honrar os negócios e venderam gato por lebre. Aquilo que por cá se chamam de aldrabões, vendedores de banha da cobra, pulhas, etc.
Perante tamanha indigência intelectual, tanta falta de escrúpulos, situações tão opacas, a minha pergunta é:
Como esconderam a inevitabilidade do "crash imobiliário" durante tanto tempo?.
Viriam com o dinheiro dos pobres socorrer os ricos. Até aqui tudo normal. Só que desta vez a dimensão do estouro é tal, que até querem tentar reparar os danos no sistema por via dereparações opacas. O tal de Paulson quer poderes ilimitados e dinheiro ilimitado para estancar a hemorragia, sem controlo seja de quem for. Pode ser que consiga. Mas tenho para mim que desta vez a hemorragia está descontrolada e que a época escolhida e as circunstãncias do tesouro americano não foram os ideais.
( preço do dólar, dívida externa, preço do petróleo, dos bens alimentares, guerra em duas ou três frentes, eleições à porta...)
Ou muito me engano ou vão pedir dinheiro à China e ao Japão e Singapura para tentar salvar a economia real.
Porquê esta pressa? É que a economia está baseada no crédito e este está parado.
Os próximos capítulos vão ser deliciosos e quem ganhar as eleições tem um bico-de-obra do caraças. E uma economia liberal para os pobres e um socialismo financeiro para os muito ricos. Não há memória de tal coisa...
MFerrer