Juízes, sim. Sindicalistas, não
O sindicalista António Martins, respondendo a um artigo do Bastonário da Ordem dos Advogados, publicado no último Expresso, insinua que todos os que reclamam contra as intromissões abusivas da exótica Associação Sindical de Juízes na esfera parlamentar e nas funções executivas do Estado, são «canetas alugadas».
Faltam a António Martins a isenção e o bom senso que se espera dos juízes e não pode aguardar que o respeitem enquanto ele não aprender a respeitar os órgãos de soberania livremente eleitos.
O artigo do Expresso, de António Marinho, é lúcido e corajoso. Acusa esse furúnculo sindical (ASJ) de prejudicar a imagem dos juízes e de «contratar agências de comunicação para intoxicar a opinião pública com a propaganda das suas reivindicações sindicais e para denegrir a imagem dos titulares de outros poderes soberanos».
O sindicalista António Martins não desmente e limita-se a acusar o bastonário António Marinho, sem nunca o nomear, de reincidentes falsidades (sem dizer quais), de ódios e ambições, sem fundamentar os primeiros e justificando as segundas com o «colocar-se em bicos dos pés para uma futura candidatura presidencial».
Sempre que o presidente da ASJ fala ou escreve cria anti-corpos contra os juízes. Se quer dedicar-se à política ou ao sindicalismo, demita-se da magistratura.
Este artigo, hoje publicado no DN, é uma vergonha.
Faltam a António Martins a isenção e o bom senso que se espera dos juízes e não pode aguardar que o respeitem enquanto ele não aprender a respeitar os órgãos de soberania livremente eleitos.
O artigo do Expresso, de António Marinho, é lúcido e corajoso. Acusa esse furúnculo sindical (ASJ) de prejudicar a imagem dos juízes e de «contratar agências de comunicação para intoxicar a opinião pública com a propaganda das suas reivindicações sindicais e para denegrir a imagem dos titulares de outros poderes soberanos».
O sindicalista António Martins não desmente e limita-se a acusar o bastonário António Marinho, sem nunca o nomear, de reincidentes falsidades (sem dizer quais), de ódios e ambições, sem fundamentar os primeiros e justificando as segundas com o «colocar-se em bicos dos pés para uma futura candidatura presidencial».
Sempre que o presidente da ASJ fala ou escreve cria anti-corpos contra os juízes. Se quer dedicar-se à política ou ao sindicalismo, demita-se da magistratura.
Este artigo, hoje publicado no DN, é uma vergonha.
Comentários
São da mesma vasta e diversificada área profissional (Justiça), mas não são assim tantos.
O facto de António Martins insinuar que António Marinho é um "caneta alugada" é de supor que nunca se encontraram...
Caso contrário, por uma razão ou por outra, com certeza que saberíamos!
abraço
Perante a "anemia" do PSD e a pouca credibilidade dos outros partidos da oposição, os sindicatos dos magistrados são hoje a principal força de oposição aos socialistas. Não dizem é qual o partido que prefeririam; se calhar não preferem nenhum:o que parece é que querem ser eles próprios a fazer as leis!
Quando o mesmo dirigente diz publicamente que a nova Lei de Responsabilidade Extracontratual (também aprovada por unanimidade (ou quase) é uma mera vingança do PS pelo caso Paulo Pedroso... que podemos pensar das outras afirmações que se seguem?