Portas, Passos & C.ª

Paulo Portas, irrevogável charlatão e amante de veículos de alta gama, confirmou que a 12.ª avaliação da troika ao programa de assistência económica e financeira foi concluída com sucesso, abrindo caminho para a finalização do programa de ajustamento, a 17 de maio.

De sucesso em sucesso até ao desastre final. Quem ouve este Governo e os numerosos avençados que o parasitam, há de julgar que vêm aí rios de mel doce e uma multidão de virgens à espera desses suicidas.

Jornalistas avençados, órgãos de comunicação controlados, o PR e outros membros do Governo, pretendem convencer-nos do milagre económico cuja metáfora mais obscena saiu da boca de Portas: “Nos últimos três anos Portugal fez o caminho para a liberdade”.

Quando atribuem os problemas da Segurança Social ao aumento da esperança de vida é o desemprego, principal responsável, que querem esconder; quando falam do aumento do salário mínimo é na simplificação dos despedimentos que pensam.

O indescritível ministro da Segurança Social dizia ter conseguido que os despedimentos ilegais não fossem penalizados nas indeminizações, como se as ilegalidades pudessem ser objeto de negociação! Certamente ouvi mal ou o ofegante ministro não sabia de que falava.

Passos Coelho, que não domina o jargão económico, fala de calibragens e alinhamentos. Parece um mecânico de uma oficina de automóveis a falar de pneus.

Há uma só questão, uma simples pergunta que ninguém faz a estes inconscientes, que já levaram longe demais o nível fiscal, o desemprego e a aflição, quando elogiam a baixa do défice, depois de paralisarem o consumo e destruírem o Estado e a economia: como justificam que a dívida pública tenha aumentado de forma tão brutal e constante.

Quando justificarem o nível da dívida, de que não falam, e que jamais poderemos pagar, podem ser levados a sério. Por ora, com a complacência do PR, só vemos aumentar os prazos em que os sacrifícios serão crescentes se houver quem os possa aguentar.

Não aguentamos, não!

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