Anda a paróquia em grande agitação…

Lavra a euforia na paróquia, depois de, em três anos, termos regredido mais de dez, no que se refere a direitos sociais, segurança no emprego e bem-estar, com o SNS em risco, a segurança Social em rutura e o ensino entregue a uma comissão liquidatária que o vai entregando a privados.

O PR, assumindo-se porta-voz de um Governo que só ele admira e cauciona, sabe-se lá por que razões, provocou a oposição com a saída da troika, onde só entreveem ‘limpeza’ os sequazes do Governo. Pareceu repetir no Faceboock aquele discurso inenarrável de vingança e ressentimento na vitória do segundo mandato que o silêncio do primeiro lhe permitiu.

As vuvuzelas do Governo dizem que salvaram Portugal da bancarrota e que restauraram a credibilidade nos mercados. Ainda nos hão de explicar como é possível, com a dívida aumentada em cerca de 50%, em três anos, cantar vitória, já que a alegria dos agiotas se compreende com os compromissos assumidos durante décadas, a destruição da classe média e o empobrecimento dos portugueses metodicamente cumprido.

A euforia que grassa com a «subida» do “rating” da República é um caso de psiquiatria. Para além das dúvidas que as agências merecem, verificou-se que a dívida soberana portuguesa passou de Ba3 para Ba2, ou seja, de 3 níveis, abaixo de lixo, para dois.

Parece que a única coisa que a saída “limpa” mudou foi o odor do lixo, cuja toxicidade passou de 3 para 2, uma alteração que só as pituitárias apuradas conseguem distinguir.

Em época de caça ao voto assiste-se à surpreendente alquimia de transformar em ouro os dejetos de uma governação que apostou em desmantelar o Estado, a matriz dos partidos de que é oriunda e o futuro de um país cuja transformação é sinónimo de destruição.

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