As eleições europeias e a política nacional
Sou dos que acreditam que não podemos viver sem a Europa nem esta sem Portugal. Os que veem na UE a causa de todos os males esqueceram depressa o que lhe devemos, o país «orgulhosamente só», saído da ditadura, da guerra colonial e do atraso ancestral.
Os que veem a Europa acriticamente, como mero pretexto para a conquista do poder e a satisfação das suas ambições, são incapazes de tentar corrigir-lhe a deriva nacionalista e prevenir os demónios totalitários que despertaram. A diplomacia comum e uma política de defesa integrada são instrumentos de coesão de um espaço que se desagrega, se para, e regressa às lutas intestinas, se teme avançar.
A moeda comum, que parecia o mais difícil e pode não ter sido o mais acertado, é hoje a antecâmara de uma tragédia, se soçobrar. Sair do euro é, para Portugal, como sair de um comboio de alta velocidade, em marcha, é ceder à voragem dos especuladores a cotação de nova moeda e lançar na miséria pensionistas e detentores de vencimentos fixos, cujos aumentos jamais seguirão a inflação. É tornar o país o laboratório de uma nova ditadura.
A paz que se seguiu à devastadora guerra de 1939/45 foi ameaçada pela demência que se observou na desintegração da Jugoslávia, obsessão alemã e vaticana, que os europeus sancionaram e repetiram levianamente na Ucrânia, com desfecho imprevisível e feridas abertas.
Acredito numa Europa que aprofunde a inclusão política, social e económica, que não concorra entre si mas no mundo global, que não seja bombeiro do capital financeiro em risco mas das pessoas em dificuldades.
Se, pelas razões apontadas, se exige uma votação progressista, há razões nacionais que responsabilizam quem não aproveitar a oportunidade para humilhar o Governo, o PR e o presidente da Comissão Europeia, cúmplices de uma política incompetente, malévola e trágica, gente que preferiu ao PEC IV ir além da troika e da capacidade de sofrimento de um país.
Só uma hecatombe dos (ir)responsáveis no poder, poderá obrigar a eleições legislativas antecipadas, impedindo-os de destruir o que falta e retirando o poder a quem os protege.
Está nas mãos dos eleitores, não o futuro radioso que nos prometem mas um módico de oxigénio que nos permita respirar e influenciar a União Europeia, para arrepiar caminho nas políticas que permitiram o crescimento da extrema-direita, a lembrar o ambiente que precedeu a Segunda Grande Guerra.
Os que veem a Europa acriticamente, como mero pretexto para a conquista do poder e a satisfação das suas ambições, são incapazes de tentar corrigir-lhe a deriva nacionalista e prevenir os demónios totalitários que despertaram. A diplomacia comum e uma política de defesa integrada são instrumentos de coesão de um espaço que se desagrega, se para, e regressa às lutas intestinas, se teme avançar.
A moeda comum, que parecia o mais difícil e pode não ter sido o mais acertado, é hoje a antecâmara de uma tragédia, se soçobrar. Sair do euro é, para Portugal, como sair de um comboio de alta velocidade, em marcha, é ceder à voragem dos especuladores a cotação de nova moeda e lançar na miséria pensionistas e detentores de vencimentos fixos, cujos aumentos jamais seguirão a inflação. É tornar o país o laboratório de uma nova ditadura.
A paz que se seguiu à devastadora guerra de 1939/45 foi ameaçada pela demência que se observou na desintegração da Jugoslávia, obsessão alemã e vaticana, que os europeus sancionaram e repetiram levianamente na Ucrânia, com desfecho imprevisível e feridas abertas.
Acredito numa Europa que aprofunde a inclusão política, social e económica, que não concorra entre si mas no mundo global, que não seja bombeiro do capital financeiro em risco mas das pessoas em dificuldades.
Se, pelas razões apontadas, se exige uma votação progressista, há razões nacionais que responsabilizam quem não aproveitar a oportunidade para humilhar o Governo, o PR e o presidente da Comissão Europeia, cúmplices de uma política incompetente, malévola e trágica, gente que preferiu ao PEC IV ir além da troika e da capacidade de sofrimento de um país.
Só uma hecatombe dos (ir)responsáveis no poder, poderá obrigar a eleições legislativas antecipadas, impedindo-os de destruir o que falta e retirando o poder a quem os protege.
Está nas mãos dos eleitores, não o futuro radioso que nos prometem mas um módico de oxigénio que nos permita respirar e influenciar a União Europeia, para arrepiar caminho nas políticas que permitiram o crescimento da extrema-direita, a lembrar o ambiente que precedeu a Segunda Grande Guerra.
Ponte Europa / Sorumbático
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