Portas e a Segurança Social

O plafonamento dos descontos para a Segurança Social, velha aspiração dos meios mais reacionários, é um ataque às pensões públicas em cumplicidade com as seguradoras.

Paulo Portas, arauto da manobra, quer deixar os trabalhadores à mercê da caridade ou da ganância das Companhias de Seguros, dedicando um valor máximo de descontos para a segurança obrigatória (1.º pilar), impondo o plafonamento cujo excedente seria aplicado por privados (2.º pilar) e atirando os trabalhadores para um modelo de adesão individual e voluntária (3.º pilar), que deixaria indefeso quem precisasse de gastar o excedente ou tivesse o azar de o aplicar em fundos do BPN, ações da SLN ou empresas similares cuja falência lhe roubaria as economias enquanto abriam com outro nome.

Os três pilares de Portas para a Segurança Social lembram os cinco pilares do Islão. São primários, dirigidos a incautos, vindos de um profeta que nada de bom lega aos crentes.

Cada dia que passa é mais um passo de Passos no desmantelamento do Estado social e uma pedra no túmulo das conquistas de Abril. É a angústia semeada metódica e friamente por este Governo que o PR protege.

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