Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Muito mais discreta e de menor duração do que a se verificará em outros Países.
São, ao fim e ao cabo, países emergentes, isto é, com um forte crescimento económico.
Todavia, a crise actual para além de ter começado por uma crise hipotecária, depois financeira, finalmente da economia real é acima de tudo uma crise global.
Os fluxos financeiros estão completamente globalizados.
As operações financeiras realizam-se à escala internacional e a sua grande maioria passam por paraísos fiscais, offshores, etc.
Os investimentos que realizam nos mercados financeiros são cruzados, opacos, alavancados, têm uma estrutura piramidal, do tipo da utilizada pelo BPP.
Pouco a pouco, vamos descobrindo que na crise estão implicadas muitas mais entidades bancárias do que as que no princípio reconheceram estar.
O Brasil parece, para já, escapar a esta crise.
Mas estamos no princípio...