Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
A República não pode alimentar excepções pelo que o assunto, para além de "muito barulhento", tem pouca relevância política.
Agora, a hipotética demissão de José Sócrates é, nas actuais circunstâncias, um cenário absurdo e virtual (daqueles "cenários que o Prof. Marcelo gosta...), cujos custos políticos, quer para o PR, quer para o País, são insuportáveis.
Aliás, surprende-me o momento da convocação deste Conselho de Estado, a não ser que o "convocante" alimentasse a expectativa de outros (diferentes) resultados eleitorais...
Se não, com uma grave e profunda crise a desenrolar-se há mais de 1 ano, porquê só agora?