Madeira (Portugal) – the day after…
A catástrofe natural que se abateu sobre a Madeira e que, no momento, fez mobilizar os recursos de socorro do País e o auxilio internacional e realçar a solidariedade dos portugueses, no sentido de minorar os terríveis efeitos desta tragédia, deve levantar – para além do desastre – um conjunto de interrogações.
Agora, será o tempo de pôr em prática a pragmática máxima pombalina: “Enterrar os mortos e cuidar dos vivos”…
Mas a saga dos madeirenses e dos portugueses não acaba com a reconstrução. Até, porque, para os que faleceram não há reconstrução possível.
Mesmo sabendo que estas drásticas ocorrências são de difícil evicção, verificamos o constante adiar de medidas políticas sobre as alterações climáticas (ver o texto dos acordos finais da Cimeira de Copenhaga sobre o Clima – Dez 2009) link, vão expondo o Mundo a uma situação climática crítica, com frequentes e devastadores acidentes naturais.
Não vou cair na demagogia fácil de limitar, ou de responsabilizar o sucedido na Madeira ao insucesso da “United Nations Climate Change Conference 2009 in Copenhagen”.
Mas não vivemos no tempo do terramoto de Lisboa. Hoje, existem, mecanismos de previsão destes trágicos acontecimentos que, com sistemas de alerta eficientes, permitem controlar ou atenuar as suas drásticas consequências.
Na realidade, as previsões meteorológicas e as observações pluviométricas em tempo real provenientes de diversas fontes (rede pluviométrica convencional e estimativas a partir de imagens de satélites e radares meteorológicos) a elaboração de um mapeamento das áreas de risco e as lições colhidas pelos estudos de tempestades severas, será possível indicar as regiões sob risco para a ocorrência de tempestades severas e proporcionar que a Defesa Civil possa actuar preventivamente.
Ontem, tive a oportunidade de ouvir um técnico dos serviços de meteorologia afirmar que, se a Madeira dispusesse de um radar meteorológico, esta catástrofe teria sido antecipadamente prevista e, segundo creio, lançado um alerta que, não evitando as destruidoras consequências materiais da “natureza em fúria”, poderia minorar o número de mortos.
Um projecto de rede elaborado por Sérgio Barbosa do Instituto de Meteorologia, I. P denominado “Rede Nacional de Radares Meteorológicos: situação actual e desafios futuros” link, que começou a ser preparada nos finais do séc. XX, e onde a Madeira estava incluída, poderia, segundo me parece, se tivesse sido levada a cabo (o que parece não ter acontecido link) ter minorado a trágica situação de perdas de vidas humanas.
Estas tragédias levam-nos a pensar o futuro. Esse futuro será tanto mais sereno quanto mais nos empenharmos na prevenção de situações dramáticas.
Não basta ficarmos pelas manifestações e acções de solidariedade e pelas condolências.
Agora, será o tempo de pôr em prática a pragmática máxima pombalina: “Enterrar os mortos e cuidar dos vivos”…
Mas a saga dos madeirenses e dos portugueses não acaba com a reconstrução. Até, porque, para os que faleceram não há reconstrução possível.
Mesmo sabendo que estas drásticas ocorrências são de difícil evicção, verificamos o constante adiar de medidas políticas sobre as alterações climáticas (ver o texto dos acordos finais da Cimeira de Copenhaga sobre o Clima – Dez 2009) link, vão expondo o Mundo a uma situação climática crítica, com frequentes e devastadores acidentes naturais.
Não vou cair na demagogia fácil de limitar, ou de responsabilizar o sucedido na Madeira ao insucesso da “United Nations Climate Change Conference 2009 in Copenhagen”.
Mas não vivemos no tempo do terramoto de Lisboa. Hoje, existem, mecanismos de previsão destes trágicos acontecimentos que, com sistemas de alerta eficientes, permitem controlar ou atenuar as suas drásticas consequências.
Na realidade, as previsões meteorológicas e as observações pluviométricas em tempo real provenientes de diversas fontes (rede pluviométrica convencional e estimativas a partir de imagens de satélites e radares meteorológicos) a elaboração de um mapeamento das áreas de risco e as lições colhidas pelos estudos de tempestades severas, será possível indicar as regiões sob risco para a ocorrência de tempestades severas e proporcionar que a Defesa Civil possa actuar preventivamente.
Ontem, tive a oportunidade de ouvir um técnico dos serviços de meteorologia afirmar que, se a Madeira dispusesse de um radar meteorológico, esta catástrofe teria sido antecipadamente prevista e, segundo creio, lançado um alerta que, não evitando as destruidoras consequências materiais da “natureza em fúria”, poderia minorar o número de mortos.
Um projecto de rede elaborado por Sérgio Barbosa do Instituto de Meteorologia, I. P denominado “Rede Nacional de Radares Meteorológicos: situação actual e desafios futuros” link, que começou a ser preparada nos finais do séc. XX, e onde a Madeira estava incluída, poderia, segundo me parece, se tivesse sido levada a cabo (o que parece não ter acontecido link) ter minorado a trágica situação de perdas de vidas humanas.
Estas tragédias levam-nos a pensar o futuro. Esse futuro será tanto mais sereno quanto mais nos empenharmos na prevenção de situações dramáticas.
Não basta ficarmos pelas manifestações e acções de solidariedade e pelas condolências.
Comentários
Parece-me que terramotos e fenómenos congéneres são ainda praticamente impossíveis de prever. O mesmo já não acontecerá porém com as chuvas, que são previsíveis e cujos efeitos são, em grande parte, susceptíveis de ser prevenidos.
1ª- A instalação de uma Rede Nacional de Radares Meteorológicos não rende votos nem interessa aos investidores privados. Projecto que que não meta cimento e que não reproduza lucros, imediatamente, tem poucas probabilidades de concretização.
2ª- Recordo aqui uma célebre frase de um ambientalita: "A Natureza acaba sempre por se vingar". Quer em Lisboa,em 1969, quer, agora, na Madeira, existe um denomidador comum: a carga excessiva de construção nos leitos das ribeiras. Os danos poderiam ter sido menores se em Portugal já estivesse enraízada uma cultura ambienal em relação ao ordenamento do território.