LIBERDADE DE EXPRESSÃO - II
1. Não comprei o "SOL" - recuso-me a contribuir, mesmo simbolicamente, com o meu escasso dinheiro para tão abjecta publicação. Tive no entanto acesso - por empréstimo - às suas maçudas páginas sobre o que intitulou "O Polvo"; só as li , porém, "em diagonal", pois tenho mais que fazer.
O que li foi todavia suficiente para ver que em Portugal há plena liberdade de expressão, e até demasiada, pois o luminoso "Sol" publicou coisas que estão em segredo de justiça, havendo até uma decisão judicial proibindo-o de as publicar. Nesse aspecto estou por isso descansado.
2. Está demonstrado ad nauseam que, em Portugal e em todos os outros países, os governantes mentem. Em democracia ou em ditadura; mais em ditadura do que em democracia. E não só os governantes, mas também os políticos em geral. Veja-se, por exemplo, o PCP: é uma mentira em si mesmo, pois, para o exterior, proclama-se defensor das liberdades, quando toda a gente sabe que é um partido leninista, identificado com o regime totalitário que vigorou na defunta URSS até cerca de 1989. A diferença é que em democracia a opinão pública - ou publicada - pode desmenti-los. Continuo pois, no que toca a Portugal, descansado. Se o Governo mente, os jornais desmentem-no. Em democracia, posso quando muito ser enganado; em ditadura seria além disso preso ou até fusilado.
3. A liberdade de expressão em Portugal - como em todos os outros países - é limitada, não porque o Estado ou a lei a impeçam, mas porque os meios de comunicação de massa ou pertencem ao Estado ou a grandes grupos económicos. Não sei como resolver este problema; quem souber que o diga, que a democracia agradece. Por outro lado, o que vejo em Portugal é que as estações de TV do Estado - RTP I e II - são claramente mais isentas que as outras. Continuo portanto, como português, descansado.
4. Apoio o Partido Socialista desde pelo menos o Verão Quente de 1975, inclusive. Não sou propriamente "socrático", quanto mais não seja por pertencer a uma geração mais velha; ainda conheci Manuel Alegre em Coimbra, e, com os meus 64 anos, sou da idade do mais velho ministro do actual Governo: o meu querido Amigo e Colega Alberto Martins, ministro da Justiça. Mas nas anteriores eleições votei PS; e se agora houvesse novas eleições votava da mesma maneira. Aliás, nisso seria acompanhado pela maioria dos portugueses: ainda hoje o insuspeito "Expresso" publica uma sondagem segundo a qual , nas intenções de voto, desde o mês anterior o PS subiu 0,1%, para os 38,1%, enquanto o PSD desceu 0,5%, para os 26,9%. Nisso continuo, portanto, descansado.
5. Todo este barulho que se tem verificado resulta pois simplesmente de que o actual Governo é de esquerda, tendo por isso contra si todo o "establishment": o capital, os juízes, os magistrados do Ministério Público, as polícias, a Igreja semi-oficial, as corporações, os bem-instalados, os "bem-pensantes", etc. Mas o Povo, no seu bom senso, continua maioritariamente a apoiar o PS, e todos os partidos de oposição, por saberem disso, dizem que não querem eleições para já, alegando falaciosos pretextos.
6. Concluindo: apesar de todo o ruído mediático, estou descansado.
O que li foi todavia suficiente para ver que em Portugal há plena liberdade de expressão, e até demasiada, pois o luminoso "Sol" publicou coisas que estão em segredo de justiça, havendo até uma decisão judicial proibindo-o de as publicar. Nesse aspecto estou por isso descansado.
2. Está demonstrado ad nauseam que, em Portugal e em todos os outros países, os governantes mentem. Em democracia ou em ditadura; mais em ditadura do que em democracia. E não só os governantes, mas também os políticos em geral. Veja-se, por exemplo, o PCP: é uma mentira em si mesmo, pois, para o exterior, proclama-se defensor das liberdades, quando toda a gente sabe que é um partido leninista, identificado com o regime totalitário que vigorou na defunta URSS até cerca de 1989. A diferença é que em democracia a opinão pública - ou publicada - pode desmenti-los. Continuo pois, no que toca a Portugal, descansado. Se o Governo mente, os jornais desmentem-no. Em democracia, posso quando muito ser enganado; em ditadura seria além disso preso ou até fusilado.
3. A liberdade de expressão em Portugal - como em todos os outros países - é limitada, não porque o Estado ou a lei a impeçam, mas porque os meios de comunicação de massa ou pertencem ao Estado ou a grandes grupos económicos. Não sei como resolver este problema; quem souber que o diga, que a democracia agradece. Por outro lado, o que vejo em Portugal é que as estações de TV do Estado - RTP I e II - são claramente mais isentas que as outras. Continuo portanto, como português, descansado.
4. Apoio o Partido Socialista desde pelo menos o Verão Quente de 1975, inclusive. Não sou propriamente "socrático", quanto mais não seja por pertencer a uma geração mais velha; ainda conheci Manuel Alegre em Coimbra, e, com os meus 64 anos, sou da idade do mais velho ministro do actual Governo: o meu querido Amigo e Colega Alberto Martins, ministro da Justiça. Mas nas anteriores eleições votei PS; e se agora houvesse novas eleições votava da mesma maneira. Aliás, nisso seria acompanhado pela maioria dos portugueses: ainda hoje o insuspeito "Expresso" publica uma sondagem segundo a qual , nas intenções de voto, desde o mês anterior o PS subiu 0,1%, para os 38,1%, enquanto o PSD desceu 0,5%, para os 26,9%. Nisso continuo, portanto, descansado.
5. Todo este barulho que se tem verificado resulta pois simplesmente de que o actual Governo é de esquerda, tendo por isso contra si todo o "establishment": o capital, os juízes, os magistrados do Ministério Público, as polícias, a Igreja semi-oficial, as corporações, os bem-instalados, os "bem-pensantes", etc. Mas o Povo, no seu bom senso, continua maioritariamente a apoiar o PS, e todos os partidos de oposição, por saberem disso, dizem que não querem eleições para já, alegando falaciosos pretextos.
6. Concluindo: apesar de todo o ruído mediático, estou descansado.
Comentários
As questões que se colocam, neste momento, não incidem sobre a liberdade de expressão , em relação à qual compartilho da sua "tranquilidade".
A questão crucial, no momento, coloca-se a montante, i.e., a Liberdade de Imprensa" em que compete ao Estado assegurar a independência dos órgãos de comunicação social perante o poder político e o poder económico...
A pergunta é esta: "isso" terá sido providenciado?
É que sendo duas coisas distintas é certo, e sabido, que a "qualidade" da Liberdade de Imprensa acaba, sempre, por condicionar o exercício da Liberdade de Expressão.
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de aspirinas que assim como assim sempre servem para alguma coisa.
ó pacheco pereira se a gente não tivesse liberdade de expressão você ficava mudo e nem piava hehehe.
http://bit.ly/dgQykT
http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N1319
Já assinei a petição e não calcula o trabalho que tive.
A minha dificuldade a lidar com o Blogue (apesar de ser Administrador) impede-me de actualizar a lista de blogues, como gostaria.
Desta vez, julgo que consegui.