BCE – os preparativos germânicos…
Esta semana decorreram as primeiras grandes manobras, na área financeira do euro, visando, concretamente, a “renovação” da cúpula do Banco Central Europeu.
A nomeação de Vítor Constâncio para vice-presidente do BCE foi o “arranque” de uma estratégia, longamente pensada, para conduzir a Alemanha à sua presidência.
A nomeação de Vítor Constâncio para vice-presidente do BCE foi o “arranque” de uma estratégia, longamente pensada, para conduzir a Alemanha à sua presidência.
Não é difícil conceber que, em Novembro de 2011, o actual presidente do Bundesbank (Banco Central Alemão), Axel Weber, venha a ocupar a presidência do BCE.
Ao “arranjos” que vêm sendo efectuados, desde a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, apontam nesse sentido.
A Alemanha deixou "passar ao lado" a presidência do Conselho Europeu, da Comissão Europeia e abdicou de reivindicar o cargo de Ministro Europeu dos Negócios Estrangeiros.
Outras “danças” ensaiam-se, nomeadamente, em relação ao cargo de “chief economist” do BCE, reivindicado pela França, para compensar a saída de Jean-Claude Trichet da presidência.
Nestes “jogos” há sempre perdedores. Neste caso parece ser a Itália que vê esvaírem-se as pretensões de Mario Draghi para suceder a Trichet, segundo uma lógica de rotatividades geográficas que os actuais tempos não podem contemplar.
Deste modo, começou-se a “arrumar”, num período de crise, a casa de Frankfurt…
O interesse da “locomotiva europeia” em tomar conta das rédeas do BCE será julgado daqui a alguns anos. Até lá, muita água correrá sob as pontes do rio Main...
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