O “puxão de orelhas” de Bruxelas…
Em Portugal cantaram-se loas à nomeação de Durão Barroso como presidente da Comissão Europeia.
O próprio PS apoiou-a invocando que o exercício deste cargo, por parte de um português, era uma honra para o País.
Para o PSD a situação era, ainda, mais emblemática. Quem ousasse opor-se à sua nomeação raiava as bordas de um crime de traição à Pátria.
Resta-nos, seja feita justiça, as posições do PCP e BE que sempre olharam Barroso como “um homem dos americanos na Europa” e sempre se opuseram a esta nomeação.
Acresce, ainda, o facto de Barroso, politicamente, ter nos seus curricula uma nódoa, inultrapassável. Foi, na realidade, um indefectível apoiante da guerra do Iraque, integrando a “quadrilha” de deu a cara ao Mundo na “cimeira” das Lajes. Mostrou ser, na qualidade de 1º. Ministro português, um serventuário das políticas belicistas de G.W. Bush e da camarilha de neoconservadores que o rodeavam. Estes factos causaram, na altura, algum “frisson” no interior do PS, mas foram impotentes para evitar uma posição oficial de apoio.
Julgavam os apoiantes de Durão Barroso que o exercício do alto cargo de presidente da Comissão Europeia seria uma espécie de “guarda-chuva” protector para o nosso País.
Há dois dias, estes “crentes”, devem ter acordado de um sonho fantasioso.
Um comissário que integra a Comissão a que Barroso preside, Joaquín Almunia, apareceu em público revelando aos mercados, de modo simplista e imprudente, que a situação portuguesa era sobreponível à grega.
Tornou a crise orçamental do País refém dos mercados, das agências de rating, lançou dúvidas sobre os investidores (destruindo os índices de confiança), provocou o pânico nas bolsas de valores, etc. Convenhamos que os danos não foram de pouca monta.
Publicamente, atreveu-se a comparar duas situações complexas mas, todavia, diferentes. Não tomou em consideração as medidas drásticas que o OGE para 2010, em fase de discussão final, preconiza para os portugueses.
Para além do mais "falou de barato". Na verdade, não tem em mãos o PEC a apresentar pelo Governo português à Comissão, até final de Fevereiro, em que estarão escalonadas as medidas para combater o deficit até 2013.
A pergunta que se impõe é a seguinte: Almunia falou de motu próprio ou tem o aval da Comissão, nomeadamente, do seu presidente?
O próprio PS apoiou-a invocando que o exercício deste cargo, por parte de um português, era uma honra para o País.
Para o PSD a situação era, ainda, mais emblemática. Quem ousasse opor-se à sua nomeação raiava as bordas de um crime de traição à Pátria.
Resta-nos, seja feita justiça, as posições do PCP e BE que sempre olharam Barroso como “um homem dos americanos na Europa” e sempre se opuseram a esta nomeação.
Acresce, ainda, o facto de Barroso, politicamente, ter nos seus curricula uma nódoa, inultrapassável. Foi, na realidade, um indefectível apoiante da guerra do Iraque, integrando a “quadrilha” de deu a cara ao Mundo na “cimeira” das Lajes. Mostrou ser, na qualidade de 1º. Ministro português, um serventuário das políticas belicistas de G.W. Bush e da camarilha de neoconservadores que o rodeavam. Estes factos causaram, na altura, algum “frisson” no interior do PS, mas foram impotentes para evitar uma posição oficial de apoio.
Julgavam os apoiantes de Durão Barroso que o exercício do alto cargo de presidente da Comissão Europeia seria uma espécie de “guarda-chuva” protector para o nosso País.
Há dois dias, estes “crentes”, devem ter acordado de um sonho fantasioso.
Um comissário que integra a Comissão a que Barroso preside, Joaquín Almunia, apareceu em público revelando aos mercados, de modo simplista e imprudente, que a situação portuguesa era sobreponível à grega.
Tornou a crise orçamental do País refém dos mercados, das agências de rating, lançou dúvidas sobre os investidores (destruindo os índices de confiança), provocou o pânico nas bolsas de valores, etc. Convenhamos que os danos não foram de pouca monta.
Publicamente, atreveu-se a comparar duas situações complexas mas, todavia, diferentes. Não tomou em consideração as medidas drásticas que o OGE para 2010, em fase de discussão final, preconiza para os portugueses.
Para além do mais "falou de barato". Na verdade, não tem em mãos o PEC a apresentar pelo Governo português à Comissão, até final de Fevereiro, em que estarão escalonadas as medidas para combater o deficit até 2013.
A pergunta que se impõe é a seguinte: Almunia falou de motu próprio ou tem o aval da Comissão, nomeadamente, do seu presidente?
Comentários
Não estava à espera, nem defendo, qualquer situação de favor...
O que me parece crucial é que a Comissão Europeia deve ser rigorosa e objectiva nas suas avaliações. Não o foi!
Para especular já bastam os grupos financeiros e seus apêndices...
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