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A FRASE
Por
Carlos Esperança
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A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Por
Carlos Esperança
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Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Este novo passo em falso (proposta de redução das retribuições nas prestações sociais básicas) não pode ser dissociado de uma nova e vergonhosa fase de governação com um início bem marcado (Setembro deste ano) à volta da estapafúrdia questão da TSU.
A partir daí foi um constante deslizar de asneira em asneira. O actual OE para 2013 não foge a este libelo.
Começa a ser claro que já não há nada a esperar desta governação a não ser que se retire rapidamente da cena política.
A imagem que se agiganta é que este Governo descarrilou. Não existe qualquer substrato para remodelar. Falhou em toda a linha. Envolvido em contradições internas, desbaratando a imagem política do País na Europa e mostrando uma pungente incapacidade para desenhar soluções financeiras e económicas. No campo social – como é paradigmático exemplo a proposta de descida do subsídio de desemprego e do RSI - a sua acção mostrou uma inépcia política verdadeiramente confrangedora e, vendo bem, repugnante.
O Governo não está em dificuldades, nem sequer agonizante. Aparentemente só existe para envergonhar os cidadãos. E ao desenvolver estes ‘exercícios’ (modelos na linguagem de Gaspar) caminha alegremente para o extermínio. É esse o ‘caminho’ que encetou após o Verão (quando a execução orçamental de 2012 mostrou ser desastrosa) e ‘teima’ em prosseguir até que alguém lhe dê o chamado ‘tiro de misericórdia’. Que tarda, muito embora sejam inquietantes os dantescos cenários do dia seguinte. Todavia, chegamos a um ponto que se instalou a convicção do que tudo o que possa vir - pior não pode ser!.
Chegamos, portanto, ao 'fim da picada'...
Apoiado (quanto à forma e quanto à substância)!