Filhos & Enteados deste Governo


António Marinho e Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados

Austeridade e privilégios, no Jornal de Notícias. Excertos:

«[...] O primeiro-ministro, se ainda possui alguma réstia de dignidade e de moralidade, tem de explicar por que é que os magistrados continuam a não pagar impostos sobre uma parte significativa das suas retribuições; tem de explicar por que é que recebem mais de sete mil euros por ano como subsídio de habitação; tem de explicar por que é que essa remuneração está isenta de tributação, sobretudo quando o Governo aumenta asfixiantemente os impostos sobre o trabalho e se propõe cortar mais de mil milhões de euros nos apoios sociais, nomeadamente no subsídio de desemprego, no rendimento social de inserção, nos cheques-dentista para crianças e — pasme-se — no complemento solidário para idosos, ou seja, para aquelas pessoas que já não podem deslocar-se, alimentar-se nem fazer a sua higiene pessoal.

«O primeiro-ministro terá também de explicar ao país por que é que os juízes e os procuradores do STJ, do STA, do Tribunal Constitucional e do Tribunal de Contas, além de todas aquelas regalias, ainda têm o privilégio de receber ajudas de custo (de montante igual ao recebido pelos membros do Governo) por cada dia em que vão aos respectivos tribunais, ou seja, aos seus locais de trabalho».

Comentários

S.G.S. disse…
deve ser mais uma originalidade deste cantinho da beira-mar. Hoje também li no JN a crónica do Jorge Fiel, e fiquei a saber que os maquinistas da CP, entre os seus 50 subsídios, tem um de constância. Se chegarem ao fim da viagem são retribuídos. Depois, li que os desempregados vão pagar imposto do que receberem, e aí, descobri:
Isto é terra de oportunistas

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