Remendo, remodelação ou estertor?
Ontem - e tardiamente - Passos Coelho, tentou ‘remendar’ um Governo exausto e exangue, já sem condições políticas para ser ‘remodelado’. Ninguém tenta pôr remendo num trapo puído mas esta clique governamental arrisca tudo.
A sobrevivência da ‘dupla Passos-Gaspar’ mostra-se penosa, difícil e, acima de tudo, perigosa. É reveladora de importantes dissonâncias no interior da coligação que [ainda] suporta o Governo. Exibe o confrangedor deserto que colonizou a vertente política e sucumbiu às tentações do carreirismo [partidário] e do academismo [quiçá diletante], ambos marginais à polis. O Governo, em declarado estado terminal, encetou o ciclo das terapias paliativas.
Finalmente, este falhado 'passo' mostra - para os ainda descrentes – a umbilical ligação entre este Governo e os ‘mercados’ facto que lhe tolhe toda a capacidade de mudar, corrigir ou decidir de acordo com interesses nacionais. E chegados aqui, constatamos que se tornou supérflua e redundante qualquer remodelação. Os portugueses anseiam ‘resgatar’ o País deste Governo e, para esse desígnio, basta-lhes a sua sumária demissão.
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