Maria Luís e a falta de vergonha desta direita
Maria Luís Albuquerque chegou ao governo depois de ter ajudado a diplomar um antigo presidente das madraças juvenis que, na altura certa, estava na liderança do PSD. Foi a secretária de Estado que, apesar de envolvida nos swaps, instrumento cuja evolução dos mercados financeiros tornou ruinoso e a luta partidária demonizou, conseguiu resistir na equipa das Finanças, do ministro Vítor Gaspar.
Quando, dois anos depois, o académico neoliberal cuja governação acelerou a ruina do País e confessou o fracasso, no que foi apoiado pela sua ‘ajudante de ministro’, como o Prof. Cavaco designava os secretários de Estado, à falta de alguém com currículo para o cargo, foi a prata [oxidada] da casa que foi promovida a veneno para o País.
Maria Luís vem agora dizer, depois de o sr. Schäuble ter maquiavelicamente colocado o nosso país sob especulação, fugindo à pressão da pergunta sobre a situação do Deutsche Bank, que ‘se a pasta estivesse com ela não haveria sanções’.
Não disse se, para isso, teria maquilhado as contas do governo, no que foi especialista, ou se, com ela, o insuportável sr. Schäuble teria a solidariedade que esta direita europeia tem com os correligionários, sendo implacável para os adversários.
O advento europeu de partidos de extrema-direita em países onde a direita, por pudor ou memória do nazi/fascismo, não se radicalizou, é um prenúncio do que nos espera.
A repetição das eleições presidenciais austríacas é um mero epifenómeno. O caso de Maria Luís é também uma questão de carácter.
Quando, dois anos depois, o académico neoliberal cuja governação acelerou a ruina do País e confessou o fracasso, no que foi apoiado pela sua ‘ajudante de ministro’, como o Prof. Cavaco designava os secretários de Estado, à falta de alguém com currículo para o cargo, foi a prata [oxidada] da casa que foi promovida a veneno para o País.
Maria Luís vem agora dizer, depois de o sr. Schäuble ter maquiavelicamente colocado o nosso país sob especulação, fugindo à pressão da pergunta sobre a situação do Deutsche Bank, que ‘se a pasta estivesse com ela não haveria sanções’.
Não disse se, para isso, teria maquilhado as contas do governo, no que foi especialista, ou se, com ela, o insuportável sr. Schäuble teria a solidariedade que esta direita europeia tem com os correligionários, sendo implacável para os adversários.
O advento europeu de partidos de extrema-direita em países onde a direita, por pudor ou memória do nazi/fascismo, não se radicalizou, é um prenúncio do que nos espera.
A repetição das eleições presidenciais austríacas é um mero epifenómeno. O caso de Maria Luís é também uma questão de carácter.
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