Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c
Comentários
O dramático é que esse ambiente claustrofóbico das liberdades leva à tomada de atitudes censórias e ocultação de factos políticos e a uma coisa que é pior: a perda concomitante do sentido de auto-crítica e do humor.
Depois bate-se na comunicação social, acima de tudo, porque desejavamos controlar os critérios jornalísticos, esconder as vergonhas.
As atitudes censórias no Parlamento Regional são frequentes, levando o poder dinossaúrico que se instalou na Madeira, através de uma permanente manipulação populista dos madeirenses, a tentar ocultar os seus erros.
Desta vez pretendeu-se esconder a reacção do PSD-M, que manipula o Parlammento Regional (P Reg), desencadeou contra a (infeliz) rábula do deputado Coelho do PND.
Mas existem outros paradigmáticos exemplos
Nos finais de 2007 o GR pretendeu esconder dos cidadãos as bolsas de pobreza que existem no arquipélago e declarou no P Reg.:
“Só temos 4% (dos madeirenses) a viver com rendimentos inferiores ao limiar da pobreza...”., i.e., com < de 360 € / pessoa / mês (com rigor, nessa altura 365,5 € / pessoa / mês).
Duma assentada pretendeu esconder:
- 36.017 reformados por velhice, cujo valor médio mensal da reforma são os 284 €;
- 7.593 reformados por invalidez, cuja pensão é de apenas 265 €;
- > 17.000 pensionistas com pensões de sobrevivência cujos rendimentos são de miséria, obrigados à sobrevivência com cerca de 141 €...
Os tais 4% da população com rendimentos abaixo dos 365 €, referenciando a Segurança Social Regional 61 mil pessoas com rendimentos inferiores a 365,5 € / pessoa / mês, ou seja, o equivalente a cerca de 24,9% da população...
Alguns destes ordenados nem são propriamente inferiores a 365 €, são pura e simplesmente miseráveis.
O GR quer impedir que assuntos como este sejam publicamente discutidos.
O caminho mais fácil que encontrou foi retirar no P Reg a voz à Oposição, através de alterações ao regimento da Assembleia Regional que silenciam a palavra aos opositores...
Estes procedimentos habituais que adquiriram visibilidade com a rábula política do Dep do PND, desrespeitam o Estatuto Político-Administrativo da RAM e do Parlamento Regional .
Facto que deveria merecer, da parte do Prof. Cavaco Silva, uma atitude firme de recusa e repúdio por estas atitutes do PSD-M - no quadro da garantia do regular funcionamento das instituições democráticas.
Mas o PR, receia, passar a ser o próximo alvo de AJJ.
Assim, resta-lhe comprar um cão!
E como PR se mantem quedo e mudo(discreto e prudente, diz ele) os jornalistas vão levando umas arrochadas e são contemplados com insidiosas ameaças (veladas)...
Quem tem vergonha da pobreza e da exclusão social - querendo escondê-la - não tem estrutura ética para governar.
Só conseguem governar-se para se perpetuarem no poder, nem que seja à custa de violências e inconstitucionalidades...e, neste caso, com o beneplácito do PR, outro facto que se pretende esconder ou desvalorizar.
Não me recordo onde li que "os loucos e os tolos só se reconhecem através do humor" (cito de cor).
Do PSD da M e do PSD do C, porque não se vê por cá ninguém a destacar-se do que lá é dito e feito. Ouvem-se ums tons dissonantes, em voz baixa. Muito baixa. E Cavaco é um frouxo por detrás daquela esfinge de ferro.