É preciso topete...
Paulo Teixeira Pinto, um dos administradores do BCP que pelos vistos está a contas com as contas maradas do banco e pode ainda ter de responder perante a Justiça, anunciou, com o seu novo ar de pintor e poeta, que vai processar o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio.
É assim mesmo, (l e i a ... m a i s)
É assim mesmo, (l e i a ... m a i s)
Comentários
Claro que o sitema democrático vigente permite, ao Sr. Teixeira Pinto, processar o governador do BdP.
Mas, esta manobra de diversão, possível para quem tem dinheiro suficiente (ou em excesso) para fazer chicana judiciária, não impede, nem anula, que o nóvel homem das artes, esteja sob investigação da PGR por denúncia do próprio BdP.
Pena é que a gestão danosa, a especulação, a fraude fiscal e a ganância não sejam punidas com mais severidade no quadro legal nacional.
E a investigação dilui-se nos offshores e paraísos fiscais, cancros da especulação monetária e bancária, que esta dramática crise financeira, incompreensivelmente, não optou por franquear o acesso aos seus profundos mistérios. Gostaria de completar - ainda!
Para já, neste País de brandos costumes, o Sr. Paulo Teixeira Pinto discorre para a imprensa, sem sobressaltos, no remanso da sua herdade alentejana.
Nos EUA, p. exº, falaria, através do seu advogado, da prisão.
O que sendo diferente, pode não ser um atropelo democrático.
A Universidade de Lisboa - segundo o jornal Público de hoje, indicou o Sr. Paulo Teixeira Pinto, para integrar o Conselho Geral na qualidade de "figura relevante da vida nacional". (citação de cor).
Se isto não é um embuste, então o que será?
Apesar desta minha viva indignação, mantenho o devido respeito pela autonomia das Universidades.
Uma coisa é a autonomia, outra é o seu uso e abuso.