EUROPA: O populismo nascente, as reminiscências dos anos 30, as “novas” políticas da Direita…
A Europa está ameaçada, nos tempos mais recentes, por uma maré política que se esconde por detrás de um impressionante e galopante “populismo”.
Este populismo não é homogéneo, nem ortodoxo, apresentando múltiplas variantes decorrentes das diferentes especificidades das doutrinas nacionalistas que são determinadas por condições sociológicas e culturais das diferentes Nações.
No Leste europeu, veste as roupagens ideológicas do nacionalistas dos anos de 1930, enfatizam a identidade nacional, num contexto etnico-religioso, perseguem as minorias explorando primitivos sentimentos xenófobos, combatem todo o tipo de migrações e sempre que possível acendem velhos contenciosos territoriais. É o que se tem verificado na Hungria, na Eslováquia, na Roménia, etc., onde partidos pró-fascistas ou neo-fascistas, em cada eleição que tem lugar, vão conquistando uma influência política sempre crescente.
No Ocidente europeu, o populismo confunde-se com a extrema-direita e centraliza as suas posições políticas, como se observa hoje na França sarkosyana, nas questões identitárias.
Este populismo não é homogéneo, nem ortodoxo, apresentando múltiplas variantes decorrentes das diferentes especificidades das doutrinas nacionalistas que são determinadas por condições sociológicas e culturais das diferentes Nações.
No Leste europeu, veste as roupagens ideológicas do nacionalistas dos anos de 1930, enfatizam a identidade nacional, num contexto etnico-religioso, perseguem as minorias explorando primitivos sentimentos xenófobos, combatem todo o tipo de migrações e sempre que possível acendem velhos contenciosos territoriais. É o que se tem verificado na Hungria, na Eslováquia, na Roménia, etc., onde partidos pró-fascistas ou neo-fascistas, em cada eleição que tem lugar, vão conquistando uma influência política sempre crescente.
No Ocidente europeu, o populismo confunde-se com a extrema-direita e centraliza as suas posições políticas, como se observa hoje na França sarkosyana, nas questões identitárias.
O populismo esconde-se atrás de partidos que - não assumindo "directamente" o nacionalismo – escondem-se por detrás de um indefinido, mas actuante, radicalismo (de Direita).
Contestam, em surdina, a democracia representativa preferindo seguir os caminhos referendários onde mais facilmente impõem as suas concepções demagógicas. Combatem, com o contributo de elites políticas e tímidas posturas cosmopolitas, o multiculturalismo que caracteriza o espaço europeu.
São eurocépticos, exploram as fragilidades securitárias num contexto global em crise económico-social e adoptaram como guião político: a islamofobia.
Na Europa ocidental as várias cambiantes nacionalistas, ou se quisermos “populistas”, são múltiplas, heterodoxas e, na maior parte das vezes, sofisticadas.
Na Holanda, a subida eleitoral de um partido nacionalista e islamofóbico, o Partido da Liberdade (PVV), de Geert Wilders poderá traduzir-se numa próxima e estrondosa reviravolta eleitoral.
Em Itália, a Liga do Norte, dirigida pelo neo-fascista Umberto Bossi, desenvolveu uma campanha regionalista (em vez de nacionalista) rejeitando a “Itália do Sul” e os imigrantes.
Mas a extrema-direita “tradicional” deixou de ter sucesso no Ocidente.
No Reino Unido, o xenófobo British National Party (BNP) elegeu 2 dois eurodeputados e mantém uma reduzida influência política ao nível interno.
Na Grécia, o Alarme Popular Ortodoxo (LAOS), um partido vincadamente racista, elegeu 15 deputados, conquistados à custa de uma crescente insatisfação das “dinastias políticas” quer de Esquerda quer da Direita.
E, podíamos continuar com os exemplos...
Na Europa Central reina o chamado “populismo alpino”, protótipo das novas direitas populistas do Ocidente da Europa, essencialmente anti-islâmicas e xenófobas.
As recentes eleições legislativas húngaras parecem confirmar estas tendências. A vitória do partido conservador e nacionalista Fidesz parece doninar as intenções de voto (> 60% dos votos), bem como a possibilidade de Jobbik (do movimento para uma Hungria Melhor!), anti-semita, xenófobo e ultra-nacionalista, ultrapassar a votação do partido socialista, até agora no poder.
O antigo primeiro-ministro conservador Viktor Orban é apontado em todas as sondagens como o favorito nas eleições legislativas deste domingo na Hungria.
O seu “programa” político é um somatório de pressupostos “populistas”: pôr em ordem a economia, a saúde, aliviar a carga fiscal e garantir a segurança pública…
Resta saber como se compatibiliza estas jactâncias políticas no seio de uma União Europeia que necessita para progredir e se afirmar perante o Mundo de manter uma matriz política aberta, integradora, comunitária, livre e multicultural ...
Comentários
E o que dizer do vácuo produzido pelo populismo no PSD ?
Mesmo pesando a nossa reduzida importância quando contribuimos para alguma coisa positiva no mundo, escusávamos de contribuir com lixo político...
Cumps!