Jorge Sampaio na Antena 1
Jorge Sampaio em recente entrevista à Antena 1, analisou a situação do País (e do Mundo). link
O ex-Presidente da República mostrou profunda insatisfação com a qualidade da democracia em Portugal, revelando que os partidos e os sindicatos não têm tido capacidade para alcançar compromissos fundamentais, como a actual situação de crise exige.
Ora aí está uma acertada visão acerca do Estado da Nação que contraria os arautos de mudanças do quadro institucional, nomadamente, dos adeptos de revisões constitucionais ao sabor de tácticas pontuais e interesses políticos imediatos.Sublinhou que neste quadro institucional existem pressões gigantescas, interesses corporativos fortíssimos cabendo aos Governos não ceder à essas manobras e salientou explicitamente que o poder político não pode subjugar-se ao poder económico.
E financeiro, acrescentaria.
Enfatizou a necessidade de uma “remobilização dos cidadãos” na luta contra a crise e, consequentemente, a adopção e a aceitação, pelos portugueses e portuguesas, na prática e nos comportamentos, das duras medidas do tão badalado PEC, não deixará de passar por aí.
Como disse, nessa entrevista, “é preciso perceber que as pessoas têm alguma coisa a ver com o que se está a passar e que não há um fosso entre aqueles que dirigem e aqueles que são dirigidos”.
Uma importante, clara e realista entrevista de um homem público, actualmente sem funções político-partidárias, todavia, uma referência incontornável (…existirão outras!) da democracia portuguesa pós-25 de Abril.
O ex-Presidente da República mostrou profunda insatisfação com a qualidade da democracia em Portugal, revelando que os partidos e os sindicatos não têm tido capacidade para alcançar compromissos fundamentais, como a actual situação de crise exige.
Ora aí está uma acertada visão acerca do Estado da Nação que contraria os arautos de mudanças do quadro institucional, nomadamente, dos adeptos de revisões constitucionais ao sabor de tácticas pontuais e interesses políticos imediatos.Sublinhou que neste quadro institucional existem pressões gigantescas, interesses corporativos fortíssimos cabendo aos Governos não ceder à essas manobras e salientou explicitamente que o poder político não pode subjugar-se ao poder económico.
E financeiro, acrescentaria.
Nesta entrevista, Jorge Sampaio referiu-se, ainda, às profundas desigualdades existentes em Portugal salientado que, nesse campo (da desigualdade), 20% dos portugueses mais pobres em relação com 20% mais ricos, é muito maior do que a média europeia.
Deste modo, questionou os actuais mecanismos de redistribuição da riqueza, pedra de toque da justiça económica e social.
Deste modo, questionou os actuais mecanismos de redistribuição da riqueza, pedra de toque da justiça económica e social.
Enfatizou a necessidade de uma “remobilização dos cidadãos” na luta contra a crise e, consequentemente, a adopção e a aceitação, pelos portugueses e portuguesas, na prática e nos comportamentos, das duras medidas do tão badalado PEC, não deixará de passar por aí.
Como disse, nessa entrevista, “é preciso perceber que as pessoas têm alguma coisa a ver com o que se está a passar e que não há um fosso entre aqueles que dirigem e aqueles que são dirigidos”.
Uma importante, clara e realista entrevista de um homem público, actualmente sem funções político-partidárias, todavia, uma referência incontornável (…existirão outras!) da democracia portuguesa pós-25 de Abril.
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