Nuno Crato e a entrevista a Ana Lourenço_ SIC-N
Nuno Crato confessou que informou o primeiro-ministro da inspeção à licenciatura de Relvas, mas só lhe dizia umas coisas por alto.
Por sua vez o PM dizia ao ministro Crato que fizesse tudo conforme a lei, fosse qual fosse o assunto que dissesse respeito ao ministro Relvas.
Quanto à Inspeção, ele, ministro Crato, dizia-lhe que fizesse o seu trabalho como era costume pois não lhe cabia interferir. E, quanto a Relvas, nunca lhe falou no assunto.
Daqui se conclui que o ministro da Educação fugia do da Presidência e Passos Coelho evitou falar a Relvas na investigação em curso.
Não é justo que, com estes padrões morais, alguém duvide do Governo. O próprio PR sabia tanto deste assunto como do notário onde registou a casa da Coelha.
Só falta substituir Relvas por Silva Carvalho. É mudá-lo de gabinete.
Comentários
O ministro da Educação ocupa um cargo político neste Governo e face a este caso (que envolvia um membro do Governo e não um 'aluno qualquer') teria assumido - de acordo com a versão apresentada - um comportamento de amanuense.
Sem espaço para contornar (negar) o facto de ter informado (há alguns dias atrás?) Passos Coelho das diligências em curso, pretende que os portugueses venham a acreditar que, apesar disso, Relvas esteve 'a leste' de todo este imbróglio (que arrasta há vários meses!). Acresce, ainda, o facto de Miguel Relvas pertencer (ou ter pertencido - a ver vamos) ao 'núcleo duro' do primeiro-ministro.
Só faltou Nuno Crato fazer um apelo para que acreditemos no 'Pai Natal'...
E, como no post se demonstra, toda a cambada se portou mal na condução do caso.