O anúncio da quebra do pote...
Desde a insidiosa e perversa ‘argolada’ da TSU, em Setembro passado, tem sido múltiplos os sintomas de desagregação da coligação ‘construída’ para dirigir o País.
Os dois partidos (CDS e PSD) embora partilhem uma matriz liberal que representa a convergência ideológica comum, divergem em modelos (gradientes) de concepção económica e social (dentro do mesmo espectro) e estas nuances liberais, que vão da doutrina social cristã ao fundamentalismo de adoração e submissão aos mercados, originam, como se tornou visível, atitudes tacticistas imediatistas diferenciadas.
Depois da crise da TSU, a arquitectura do OE 2013 com a brutalidade da carga fiscal que lhe foi apensa voltou a criar algum ‘frisson’ entre os dois partidos que integram a coligação. Mais recentemente a insistência por parte do Governo numa política cumulativa de sucessivas austeridades com o consequente disparar de uma ‘espiral recessiva’ voltou a animar o ‘inner circle’ das divergências (partidárias).
Recados e percalços indirectos como a ausência de Paulo Portas em Belém, na cerimónia de posse de 2 ministros, remoques encomendados ao ‘ventríloquo’ Pires de Lima, tornam (demasiado) audível o catatónico pulsar da actual coligação.
A recente posição do CDS em relação à candidatura autárquica do PSD à Câmara do Porto link, embora formalmente possa ser inserida num âmbito diferenciado do acordo de incidência governamental, não deixa de ser um importante indício de que a convergência demo-liberal para Governar o País está agonizante.
A crise tem provocado muitos estragos em todo o País e, naturalmente, ameaça 'quebrar o pote' que tão diligentemente foi 'capturado' em Junho de 2011.
A crise tem provocado muitos estragos em todo o País e, naturalmente, ameaça 'quebrar o pote' que tão diligentemente foi 'capturado' em Junho de 2011.
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