O "CONSENSO" E A CONSTITUIÇÃO
Todas as almas “bem-pensantes” deste País apelam a um “consenso” entre “as diversas forças políticas” para levar a bom termo o “ajustamento” (ouvir esta palavra causa-me a mesma sensação que ouvir uma unha a raspar numa parede).
Mas por baixo do manto diáfano deste sensato “consenso” esconde-se mal a nudez crua das intenções que lhe subjazem: o que querem é pura e simplesmente que o PS dê o seu aval às políticas anti-patrióticas e anti-populares que o governo, a mando da troika, vem adotando.
Porém o PS não está pelos ajustes, e faz muito bem. Até aqui a coligação governante, cheia de empáfia por ter ganho as eleições e sentindo as costas quentes pelo apoio da Troika e do Presidente da República, desprezou-o por completo. Agora que tomaram consciência do beco sem saída em que meteram o País, é que querem o “consenso” com aquele partido.
Mas, agora, dali não levam nada. Porque não procuram um consenso com o PC e o BE, como fizeram para derrubar o governo do PS e fazer vir a Troika?
Essas mesmas almas “bem pensantes” são consensuais noutra coisa: atacar e denegrir a Constituição da República. Basta ler esse “jornal de referência” que é o “Expresso”. Na semana passada foram as “ideias totalmente disparatadas” de Miguel Sousa Tavares que aqui critiquei (a propósito: esta semana o jornal não traz o costumado artigo dele; deve ter ficado tão cansado de disparatar que teve de ficar uma semana a descansar; ou será que foi o “Expresso” que achou que já eram disparates a mais?). Esta semana é Henrique Monteiro que, no seu editorial da última página, depois de apelar ao consensual “consenso”, vem dizer que “a Constituição vai ter de ser revista (ou deixada num limbo em que para nada serve)”. É espantoso como um homem inteligente pode dizer barbaridades destas! A crise transtorna as melhores cabeças!
Ora a coisa mais consensual que há neste País é justamente a Constituição. Foi aprovada numa Assembleia Constituinte constituída por 250 deputados de todos os partidos, desde o CDS à UDP, só tendo votado contra os escassos 16 do CDS; todos os outros votaram a favor. Mesmo os do PPD. Querem maior consenso?
Mas por baixo do manto diáfano deste sensato “consenso” esconde-se mal a nudez crua das intenções que lhe subjazem: o que querem é pura e simplesmente que o PS dê o seu aval às políticas anti-patrióticas e anti-populares que o governo, a mando da troika, vem adotando.
Porém o PS não está pelos ajustes, e faz muito bem. Até aqui a coligação governante, cheia de empáfia por ter ganho as eleições e sentindo as costas quentes pelo apoio da Troika e do Presidente da República, desprezou-o por completo. Agora que tomaram consciência do beco sem saída em que meteram o País, é que querem o “consenso” com aquele partido.
Mas, agora, dali não levam nada. Porque não procuram um consenso com o PC e o BE, como fizeram para derrubar o governo do PS e fazer vir a Troika?
Essas mesmas almas “bem pensantes” são consensuais noutra coisa: atacar e denegrir a Constituição da República. Basta ler esse “jornal de referência” que é o “Expresso”. Na semana passada foram as “ideias totalmente disparatadas” de Miguel Sousa Tavares que aqui critiquei (a propósito: esta semana o jornal não traz o costumado artigo dele; deve ter ficado tão cansado de disparatar que teve de ficar uma semana a descansar; ou será que foi o “Expresso” que achou que já eram disparates a mais?). Esta semana é Henrique Monteiro que, no seu editorial da última página, depois de apelar ao consensual “consenso”, vem dizer que “a Constituição vai ter de ser revista (ou deixada num limbo em que para nada serve)”. É espantoso como um homem inteligente pode dizer barbaridades destas! A crise transtorna as melhores cabeças!
Ora a coisa mais consensual que há neste País é justamente a Constituição. Foi aprovada numa Assembleia Constituinte constituída por 250 deputados de todos os partidos, desde o CDS à UDP, só tendo votado contra os escassos 16 do CDS; todos os outros votaram a favor. Mesmo os do PPD. Querem maior consenso?
Comentários
É cada vez mais visível que se tornou imprescindível um segundo resgate, consequência da desenfreada política de austeridade posta em prática à volta do 1º. Memorando (e para além dele).Não tardará muito que os arautos da desgraça comecem a atirar culpas desse anunciado resgate para as oposições que, p. exº., não se mostraram disponíveis para caucionar 'a reforma do Estado' (a tal dos 4.000 milhões de euros).
Provavelmente o país precisa de um amplo consenso político interno para enfrentar os gravíssimos problemas nacionais e alterar radicalmente de postura em relação à UE.
Mas, como toda a gente já percebeu, esse novo (outro) 'consenso' só poderá ser conseguido depois de novas eleições. E, o lancinante apelo da maioria PSD/CDS (apoiado na troika), pretende evitar, a todo o custo, uma consulta popular por estar convicta esta viria a interromper de modo abrupto e definitivo a actual 'deriva ultra-conservadora'.
As recentes posições públicas do PS indiciam que aprendeu a lição sobre 'consensos' com a Direita mas também mostram, quanto ao futuro, muitas dificuldades de conseguir gerar outro tipo de consenso aparentemente impossível numa sociedade completamente fracturada e bloqueada (política e socialmente).
Voltando ao importante. A situação política portuguesa está numa dramática encruzilhada e já não é capaz de dispensar - se não quiser 'matar' a Democracia - novas eleições.
Depois logo se verá. Pior do que a situação actual não é imaginável, nem expectável.
Portanto, a única resposta aos apelos de 'consenso' só pode ser: ELEIÇÕES JÁ!