O PS e o futuro Governo
Depois de António Costa ter manifestado disponibilidade para disputar a liderança, dada a sua dimensão política, experiência governativa e notoriedade pública, que ultrapassa a do próprio líder do PS; depois do apelo de Ferro Rodrigues para convocação de eleições diretas; com a escassa vitória das eleições europeias e a imagem frágil que lhe tem sido criada, não resta a Seguro outra alternativa senão ceder e disputar novas eleições no PS.
Refugiar-se nos estatutos para se furtar ao juízo dos militantes é debilitar diariamente a sua imagem e, com ela, a do PS.
As eleições não se ganham com a simpatia do aparelho partidário que, e não será o caso, pode levar a PM um incapaz, como sucedeu ao PSD, mas com alguém que pode causar prurido no partido mas arrasta a confiança do País.
Espero que Seguro saiba tomar a decisão que o momento impõe e os militantes decidam com a cabeça, sabendo ler os sinais dos que, não pertencendo ao partido, são os que lhe dão as vitórias ou lhe impõem as derrotas.
Vai ser fácil derrotar este Governo e o PR que o apoia incondicionalmente, mais difícil é gerar a onda de vitória que leve o PS ao poder sem alianças contranatura com a direita.
Refugiar-se nos estatutos para se furtar ao juízo dos militantes é debilitar diariamente a sua imagem e, com ela, a do PS.
As eleições não se ganham com a simpatia do aparelho partidário que, e não será o caso, pode levar a PM um incapaz, como sucedeu ao PSD, mas com alguém que pode causar prurido no partido mas arrasta a confiança do País.
Espero que Seguro saiba tomar a decisão que o momento impõe e os militantes decidam com a cabeça, sabendo ler os sinais dos que, não pertencendo ao partido, são os que lhe dão as vitórias ou lhe impõem as derrotas.
Vai ser fácil derrotar este Governo e o PR que o apoia incondicionalmente, mais difícil é gerar a onda de vitória que leve o PS ao poder sem alianças contranatura com a direita.
Comentários
Este será também um momento muito difícil para o aparelho partidário que foi sendo paulatinamente controlado e condicionado para percorrer um caminho rectilineo (que o último domingo revelou não ser transitável) e que estará tentado a refugiar-se por detrás de uma formal 'blindagem' estatutária.
A realização de um congresso extraordinário no PS abre muitas perspectivas clarificadoras para a política em Portugal, não sendo obviamente um mero assunto interno (partidário).
Por outro lado, a sua 'não-realização' será a antecipação de um anunciado (pela Direita) enterro.
A social-democracia já levou demasiada 'porrada' nestas eleições europeias e perdeu 'espaço' para alimentar manobras 'autofágicas', sob um confuso manto 'social-liberal'...