Indícios de um anunciado 'cataclismo’…

O actual Governo não se cansa de apregoar que ao período de austeridade que tanto sacrificios provocou aos portugueses, lançando milhares de cidadãos na miséria, desestruturando e empobrecendo dramaticamente a dita ‘classe média’, extorquindo aos reformados modestas pensões, inundou os cidadãos de impostos ao mesmo tempo que ‘esvaziava’ o Estado Social, deveriam seguir-se ‘tempos gloriosos’ de crescimento económico progressivo e ‘sustentado’…
Trata-se de mais um mito que caí. E a prova cabal de que a receita estava errada tornando os sacrifícios inúteis.

Os 'indicadores de conjuntura' do Banco de Portugal são extremamente preocupantes link.  
Na realidade, o Banco nacional constata que a “actividade económica afunda para o valor mais baixo desde o Verão de 2013”. 

Será difícil iludir por mais tempo que estamos a andar para trás e que nada do que foi conseguido é 'estruturante' e sustentável. 
As ‘desculpas’ que não tardarão a surgir são previsíveis. A responsabilidade será da (má) conjectura internacional. Uma razão que no passado esteve ausente do armamentário da actual maioria quando estava na Oposição e tinha ‘soluções’ para tudo.

Daqui a 9 meses – quando os portugueses forem convocados a pronunciar-se nas urnas  - estaremos pior. Mas não tardarão a aparecer velhas soluções travestidas como sendo novas alternativas. 
Sabemos que a radicalização da sociedade portuguesa, ocorrida nos últimos anos, tem profundos efeitos na dita ‘classe média’ (a tal que nas democracias ocidentais decide as eleições). Este sector intermédio do tecido político e social encolheu, está literalmente pulverizado, sendo visíveis os sinais de uma inexorável fragmentação. Parte dela virou à Esquerda desiludida com os partidos do ‘arco governamental’, outra está disposta a embarcar em qualquer 'experiência populista' e, finalmente, uns tantos (esperemos que poucos!) deixaram de acreditar em soluções democráticas e estarão disponíveis para apoiar aventuras extremistas.

A situação política nacional vive um momento de pré-ruptura. Nunca - desde o 25 de Abril - foi tão melindrosa e perigosa. O risco de desvios na prossecução de um caminho democrático estão presentes e são elevadíssimos.
Gravíssimo!

Comentários

Os portugueses estão anestesiados pela propaganda do pior Governo, da pior maioria e do pior PR que nos coube depois do 25 de Abril.

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