Espanha

A repetição de eleições não alterou substancialmente os resultados das anteriores. Como previsto, o PP cresceu (+14 deputados), continua o maior partido, e o PSOE perdeu (-5), e, contra todas as sondagens e previsões, continua o maior partido de esquerda.

O PP ganhou, o PSOE decide, e o futuro governo é de novo uma incógnita.

O Podemos, aliou-se aos comunistas (IU) e falhou o objetivo de alcançar, em coligação, mais deputados do que o PSOE. Com mais dois mandatos, perdeu no confronto quer em deputados quer em votos. Uma estratégia falhada.

Ciudadanos (CS) perdeu 8 dos 40 deputados obtidos nas últimas eleições e dissolve-se numa direita que não há escândalo ou conspiração que a abale.

Em resumo, o PP é o partido mais votado, o PSOE o único capaz de decidir o Governo e o Podemos o que pode optar entre alimentar o separatismo ou participar no poder.

Depois da repetição de eleições, a situação política mantém-se, o eleitorado dá sinais de cansaço, a economia ressente-se, a União Europeia tem mais um problema e Portugal não sai incólume do que se passa ao lado.

Comentários

e-pá! disse…
O mais importante é saber se o PSOE vai reunir condições internas para desempenhar um papel charneira na constituição do próximo Governo.
Com os resultados obtidos domingo provavelmente vai esgotar-se na clarificação interna e na escolha de dirigentes que personifique as incontornáveis mudanças.
O PSOE corre o risco de se ausentar - pelo menos momentaneamente - do palco político espanhol.A união das forças de Esquerda em Espanha esbarra com um assunto muito sensível que o Brexit veio recolocar na agenda política: as nacionalidades presentes no espectro político e económico do reino.
Logo, a 'crise' é antiga, foi agravada pelo PP de Rajoy e regressa de nova à ribalta.
É muito provável que o 2 grandes partidos espanhóis venham (ambos) a ter necessidade de defenestrar os seus respectivos líderes.

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