Monarquia e República
Um grande amigo, monárquico por herança paterna, azucrinou-me durante 10 anos com Cavaco Silva, como se, à semelhança dos reis, fosse vitalício e nos deixasse na herança a D. Patrícia como PR e o seu amoroso genro como 1.º Cavalheiro.
Ora, em República, o mais doloroso furúnculo está sujeito ao prazo de validade e a data da cirurgia vem na Constituição. Argumentava-me ainda com Carmona, Craveiro Lopes e Américo Tomás, como se Portugal fosse República quando o infame ditador, beato e monárquico, fez do regime uma monocracia e dos alegados presidentes capachos.
Na minha paciência republicana lá lhe lembrava o psicopata de D. Pedro, ora esse foi da 1.ª dinastia; depois socorria-me de D. Afonso VI, o deficiente mental, a quem o mano se apropriou do trono e da mulher, tornando-se D. Pedro II, ora esse foi exceção; e lá lhe atirava com D. Maria I, piedosa, louca e rainha até à morte, isso foi um caso especial; e só com o bárbaro D. Miguel, filho provado de D. Carlota Joaquina, o convencia da tara real da dinastia sem o convencer da ilegitimidade monárquica, de qualquer monarquia, pois vinha ainda com a dinastia de Avis, sem se lembra de D. Sebastião, embrutecido e violado pelo confessor, que lançou Portugal na tragédia de Alcácer Quibir.
Mas o problema não se põe entre quem foi melhor ou pior e, muito menos, sobre quem fica mais baratinho ao País, o que se deve ponderar é a ilegitimidade de qualquer poder hereditário e vitalício depois de a vontade divina que o legitimou ter caído em desgraça.
Ora, em República, o mais doloroso furúnculo está sujeito ao prazo de validade e a data da cirurgia vem na Constituição. Argumentava-me ainda com Carmona, Craveiro Lopes e Américo Tomás, como se Portugal fosse República quando o infame ditador, beato e monárquico, fez do regime uma monocracia e dos alegados presidentes capachos.
Na minha paciência republicana lá lhe lembrava o psicopata de D. Pedro, ora esse foi da 1.ª dinastia; depois socorria-me de D. Afonso VI, o deficiente mental, a quem o mano se apropriou do trono e da mulher, tornando-se D. Pedro II, ora esse foi exceção; e lá lhe atirava com D. Maria I, piedosa, louca e rainha até à morte, isso foi um caso especial; e só com o bárbaro D. Miguel, filho provado de D. Carlota Joaquina, o convencia da tara real da dinastia sem o convencer da ilegitimidade monárquica, de qualquer monarquia, pois vinha ainda com a dinastia de Avis, sem se lembra de D. Sebastião, embrutecido e violado pelo confessor, que lançou Portugal na tragédia de Alcácer Quibir.
Mas o problema não se põe entre quem foi melhor ou pior e, muito menos, sobre quem fica mais baratinho ao País, o que se deve ponderar é a ilegitimidade de qualquer poder hereditário e vitalício depois de a vontade divina que o legitimou ter caído em desgraça.
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