Reino Unido (RU) e a União Europeia (EU) Eurexit e Brexit
O Reino Unido, cada vez mais separado, sempre foi um caso exótico. Soube apressar o futuro e conservar o anacronismo, da monarquia à circulação pela esquerda, do horror ao sistema decimal à aversão pela partilha da soberania, paradoxo de quem está sempre na vanguarda da defesa da liberdade e é capaz de arriscar a própria desintegração.
Foi o primeiro império a ceder aos movimentos independentistas, o mais tenaz a opor-se ao nazismo e o mais persistente na democracia. Desde os tempos de João Sem-Terra e da Magna Carta, que no dealbar do século XIII pôs termo ao absolutismo, foi a ilha que moldou a Europa, sem nunca se integrar, permanecendo santuário das liberdades.
O RU irrita-nos e exalta-nos. A saída da União Europeia é má para si e pior para esta. E, ainda pior do que a saída, é o espírito vingativo de pigmeus como Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo e inventor do mestrado para benefício do currículo académico, e Wolfgang Schäuble, incapaz de ver para lá do seu credo monetarista.
O secularismo é uma palavra nascida na filosofia inglesa e foi a Inglaterra a inspiradora da separação de poderes teorizada por Montesquieu. O Iluminismo, o melhor legado da nossa civilização, viajou nos dois sentidos do Canal da Mancha.
A saída da segunda economia e da primeira potência militar, deixa a Europa entregue a figuras junto das quais até Passos Coelho parecia um estadista e Cavaco um homem de cultura. Após a saída do RU, o mais numeroso exército da Europa e o mais poderoso, é o da Turquia, …na Ásia (!), controlado por um Irmão Muçulmano.
Enquanto essa figura grotesca do presidente do Eurogrupo e o indesejável ministro das Finanças alemão segregam bílis contra o RU, esperemos que Portugal, Espanha, Grécia e Itália ajudem a senhora Merkel a manter-se como estadista e a impedir retaliações que transformem o Canal da Mancha de abertura em obstáculo e os países do Sul de aliados em inimigos, abandonando os seus emigrantes no RU, muitos deles portugueses.
Mesmo no espaço anglo-americano, o Reino Unido sobrevive mal sem a UE, mas esta não sobreviverá contra o RU que, antes do referendo, já está fora, ausente da moeda única e do espaço Schengen.
O espírito de Dunquerque, em 1940, parece ter renascido do outro lado da Mancha, para tornar inexorável o Brexit e inevitável a desintegração europeia.
Foi o primeiro império a ceder aos movimentos independentistas, o mais tenaz a opor-se ao nazismo e o mais persistente na democracia. Desde os tempos de João Sem-Terra e da Magna Carta, que no dealbar do século XIII pôs termo ao absolutismo, foi a ilha que moldou a Europa, sem nunca se integrar, permanecendo santuário das liberdades.
O RU irrita-nos e exalta-nos. A saída da União Europeia é má para si e pior para esta. E, ainda pior do que a saída, é o espírito vingativo de pigmeus como Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo e inventor do mestrado para benefício do currículo académico, e Wolfgang Schäuble, incapaz de ver para lá do seu credo monetarista.
O secularismo é uma palavra nascida na filosofia inglesa e foi a Inglaterra a inspiradora da separação de poderes teorizada por Montesquieu. O Iluminismo, o melhor legado da nossa civilização, viajou nos dois sentidos do Canal da Mancha.
A saída da segunda economia e da primeira potência militar, deixa a Europa entregue a figuras junto das quais até Passos Coelho parecia um estadista e Cavaco um homem de cultura. Após a saída do RU, o mais numeroso exército da Europa e o mais poderoso, é o da Turquia, …na Ásia (!), controlado por um Irmão Muçulmano.
Enquanto essa figura grotesca do presidente do Eurogrupo e o indesejável ministro das Finanças alemão segregam bílis contra o RU, esperemos que Portugal, Espanha, Grécia e Itália ajudem a senhora Merkel a manter-se como estadista e a impedir retaliações que transformem o Canal da Mancha de abertura em obstáculo e os países do Sul de aliados em inimigos, abandonando os seus emigrantes no RU, muitos deles portugueses.
Mesmo no espaço anglo-americano, o Reino Unido sobrevive mal sem a UE, mas esta não sobreviverá contra o RU que, antes do referendo, já está fora, ausente da moeda única e do espaço Schengen.
O espírito de Dunquerque, em 1940, parece ter renascido do outro lado da Mancha, para tornar inexorável o Brexit e inevitável a desintegração europeia.
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