Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Não tenho ainda o gosto de o conhecer e espero , em breve, satisfazer esse desejo.
Mas deixe-me fazer-lhe uma pergunta como colega do «Ponte Europa»:
O PS só faz coisas más e os seus dirigentes ou destacados cidadãos só fazem asneiras?
Eu, que não sou do PS, tenho uma ideia diferente.
O país precisa de desenvolver-se e de aumentar o nível de produtividade, principalmente na A.P.
No caso dos tribunais constata-se um avolumar de processos, que se arrastam durante meses e anos incompreensivelmente.
As férias judiciais não vêm melhorar a situação, pois como é do conhecimento geral só os processos urgentes têm tramitação. E tendo em conta a actual conjectura é importante o empenhamento de todos, sem excepção.
Se é verdade que alguns tribunais aproveitam este período para "arrumar a casa", então isto significa que estamos perante mais um dos problemas do sistema judicial.
É necessário avaliar as necessidades de cada serviço e desenvolver uma gestão e redistribuição correcta dos recursos humanos pelos tribunais por forma a que estes atinjam uma performance tal que contribua para melhorar a imagem interna e externa deste sistema.
Se tivermos um sistema eficiente e eficaz para que são necessárias as férias judiciais?
Portugal e a justiça só teriam a ganhar!
Eu que não sou militante do PS, admiro o Carlos Felício como militante do PS e como homem livre.
Bem prega "Frei" Carlos Esperança: faz como ele diz, não faças como ele faz.
Meu caro Amigo:
Sendo nós tão diferentes, não sendo eu do PS nem de partido nenhum, mas ao mesmo tempo de fortes convicções, sinto-me muito próximo de ti. Admiro-te pela tua coragem, porque, em ti, até as pedras falam!
Um abraço,