Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Não tenho ainda o gosto de o conhecer e espero , em breve, satisfazer esse desejo.
Mas deixe-me fazer-lhe uma pergunta como colega do «Ponte Europa»:
O PS só faz coisas más e os seus dirigentes ou destacados cidadãos só fazem asneiras?
Eu, que não sou do PS, tenho uma ideia diferente.
O país precisa de desenvolver-se e de aumentar o nível de produtividade, principalmente na A.P.
No caso dos tribunais constata-se um avolumar de processos, que se arrastam durante meses e anos incompreensivelmente.
As férias judiciais não vêm melhorar a situação, pois como é do conhecimento geral só os processos urgentes têm tramitação. E tendo em conta a actual conjectura é importante o empenhamento de todos, sem excepção.
Se é verdade que alguns tribunais aproveitam este período para "arrumar a casa", então isto significa que estamos perante mais um dos problemas do sistema judicial.
É necessário avaliar as necessidades de cada serviço e desenvolver uma gestão e redistribuição correcta dos recursos humanos pelos tribunais por forma a que estes atinjam uma performance tal que contribua para melhorar a imagem interna e externa deste sistema.
Se tivermos um sistema eficiente e eficaz para que são necessárias as férias judiciais?
Portugal e a justiça só teriam a ganhar!
Eu que não sou militante do PS, admiro o Carlos Felício como militante do PS e como homem livre.
Bem prega "Frei" Carlos Esperança: faz como ele diz, não faças como ele faz.
Meu caro Amigo:
Sendo nós tão diferentes, não sendo eu do PS nem de partido nenhum, mas ao mesmo tempo de fortes convicções, sinto-me muito próximo de ti. Admiro-te pela tua coragem, porque, em ti, até as pedras falam!
Um abraço,