Lei do referendo ao aborto
As alterações aprovadas pelo PS e BE na especialidade, em sede da Comissão dos Assuntos Parlamentares, vai permitir a votação da lei no próximo dia 28, último dia de trabalhos da A. R..
O voto contra do PCP compreende-se perfeitamente pelo facto de a lei do aborto ser da competência da Assembleia da República, sede donde nunca devia ter saído. No entanto, após um referendo, embora sem carácter deliberativo por participação escassa, é um risco político não voltar a consultar o eleitorado.
Já os votos contra do PSD e do CDS, embora refugiados em questões formais, revelam a insensibilidade com que os deputados encaram a legislação anacrónica e o drama de imensas mulheres a que dá origem.
Para além do problema de saúde pública que é a questão do aborto, só a total insensibilidade e os preconceitos religiosos podem condescender com os numerosos julgamentos que têm perseguido mulheres cujos dramas são agravados com a devassa pública e a ameaça de prisão.
Apostila – Os que hoje se opõem à revisão da lei são os mesmos que se opuseram à versão, ainda em vigor, com o desejo mórbido de obrigarem as mulheres a levar até ao fim as gravidezes com malformações fetais, fruto de violação ou que pusessem em risco a vida da grávida.
O voto contra do PCP compreende-se perfeitamente pelo facto de a lei do aborto ser da competência da Assembleia da República, sede donde nunca devia ter saído. No entanto, após um referendo, embora sem carácter deliberativo por participação escassa, é um risco político não voltar a consultar o eleitorado.
Já os votos contra do PSD e do CDS, embora refugiados em questões formais, revelam a insensibilidade com que os deputados encaram a legislação anacrónica e o drama de imensas mulheres a que dá origem.
Para além do problema de saúde pública que é a questão do aborto, só a total insensibilidade e os preconceitos religiosos podem condescender com os numerosos julgamentos que têm perseguido mulheres cujos dramas são agravados com a devassa pública e a ameaça de prisão.
Apostila – Os que hoje se opõem à revisão da lei são os mesmos que se opuseram à versão, ainda em vigor, com o desejo mórbido de obrigarem as mulheres a levar até ao fim as gravidezes com malformações fetais, fruto de violação ou que pusessem em risco a vida da grávida.
Comentários
Diz-se humanista, mas no entanto advoga o homicídio de criamças através da prática abortista. É o desepero por falta de causas que leva a esquerda a adoptar tais posicionamentos. Qualquer pessoa de bom senso, sabe que a actual lei, perfeitamente racional, é a única que responsabiliza as pessoas peloas seus actos. Ora o que a esquerda pretende é simplesmente uma demissão colectiva de responsabilidades. Numa época de informação, em que existem múltiplas opções contraceptivas, falar de aborto é no mínimo rídiculo, um atêntico atestado de menoridade.
Enfim, carlos Esperança continue lá com o seu dogmatismo e populismo do facilitismo.
Com o seu maniqueísmo eu podia dizer-lhe que o senhor apenas pretende ver na cadeia as mulheres que abortam.
A realidade não é a preto e branco.
A lei actual, que o senhor defende, teve os votos contra do PSD e do CDS.
Humanismo ou fundamentalismo católico?
De qualquer modo é um objectivo do PS com o qual me identifico.
Uma vida é uma vida, isso não se discute.
Mas, é muito lindo falar de galo.
Porque será que só a mulher é condenada por tal acto?
Será que o homem também não é co-responsável? Ou será que a mulher é a única responsável pela gravidez? Deve-lhe dar um gozo tremendo abortar. Não acha?
Afinal quem se demite da responsabilidade?
Não vivamos num mundo hipócrita em que quem pode vai a Espanha e quem não pode recorre à clandestinidade e põe em risco a própria vida.
As mulheres não são loucas, e a maior parte delas pena o resto da vida por o ter feito.
A realidade às vezes é tão dura, crua e cruel que nem passa na cabeça daqueles que vivem numa redoma de cristal.