Nova catedral em Lisboa
Sé de Lisboa
Discretamente, como convém a negócios pouco transparentes, foi celebrado no dia 8 do corrente mês um protocolo entre Pedro Santana Lopes (PSL), presidente da Câmara de Lisboa, José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa e dois administradores da GESFIMO (Sociedade Gestora de Fundos S.A.), do grupo Espírito Santo, com vista à cedência de terrenos camarários para a construção de uma nova catedral.
Não está em causa a devoção dos lisboetas que, à medida que a cidade perde população, aumentam a frequência do culto. Não contesto o desejo da Igreja Católica de acolher os fiéis, afirmar a sua hegemonia e aumentar o seu património imobiliário.
O que está em causa é a legitimidade da autarquia para alienar os seus terrenos a título gracioso (cerca de 11 mil metros quadrados) numa zona privilegiada de Lisboa, com vista para o Tejo. A que título um presidente da Câmara dá o que não é seu a uma confissão religiosa de alguns, desprezando a ética, a equidade e a legalidade?
Pior, como pode permitir-se um edil em fim de mandato, despedido pelo PSD, que lhe nega a recandidatura, delapidar o património que lhe cabia defender e assumir despesas com os acessos e outras infra-estruturas que não será ele a honrar?
PSL, cuja devoção não se contesta, disse orgulhar-se do acto, fechando o mandato com «chave de ouro», isto é, entregando o ouro, que não era seu, ao patriarca Policarpo.
A falta de respeito pelo carácter laico do Estado, a desconsideração a outras religiões, a ausência de pudor republicano, constituem um acto reprovável, provavelmente um caso de polícia e um gravíssimo acto político.
PSL termina a gestão da Câmara de Lisboa com a mesma leviandade e insensatez com que um dia passou pelo Governo de Portugal com a conivência de Durão Barroso e a cumplicidade do PSD e do CDS.
Carlos Esperança
Comentários
não o ouvi comentar nada quando a CMC deu (e bem) terrenos à AAC-OAF.
"A que título um presidente da Câmara dá o que não é seu a uma INSTITUIÇÃO DESPORTIVA (confissão religiosa) de alguns, desprezando a ética, a equidade e a legalidade?"
Argumento muito reles este....
Não me recordo se escrevi sobre o caso. Mas creia que o condenei abertamente.
Talvez por isso, um dos poucos presidentes da Câmara que aprecio é Rui Rio.
Boa, isso é como aquele terra onde a população nunca aumentava pois sempre que nascia uma criança fugia um pai...
O licenciado Mário Manuel Guedes Teixeira Ruivo reúne, nos termos do regulamento do pessoal dirigente e chefias do ISS, aprovado
pelo despacho n.o 11 464/2001, publicado no Diário da República, 2.a série, de 30 de Maio de 2001, na redacção que lhe foi dada pelo
despacho n.o 18 006/2002, publicado no Diário da República, 2.a série, de 12 de Agosto de 2002, bem como nos termos do disposto na Lei n.o 2/2004, de 15 de Janeiro, para além dos requisitos gerais para o exercício de funções dirigentes, as características especificamente
adequadas ao desempenho do cargo, dado o seu perfil curricular e profissional, nomeadamente quanto à actividade por si desenvolvida
na Administração Pública.
Assim, considerando a proposta apresentada pelo conselho directivo do ISS, ao abrigo e nos termos do disposto no n.o 4 do artigo 29.o
dos Estatutos do ISS, aprovados pelo Decreto-Lei n.o 316-A/2000, de 17 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei
n.o 112/2004, de 13 de Maio, e das competências que me foram delegadas pelo despacho n.o 10 847/2005, de 28 de Abril, publicado no
Diário da República, 2.a série, de 13 de Maio de 2005, determino o seguinte:
1—É nomeado director do Centro Distrital de Segurança Social de Coimbra o licenciado Mário Manuel Guedes Teixeira Ruivo.
2—O presente despacho produz efeitos a partir de 23 de Maio de 2005.
2—O presente despacho produz efeitos a partir de 23 de Maio de 2005.
Curriculum vitae
(síntese biográfica)
Mário Manuel Guedes Teixeira Ruivo, nascido em 23 de Março de 1960, licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Desde Novembro de 2004 esteve a desempenhar as funções de administrador, vogal não executivo, da Águas
do Mondego, Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Águas e Saneamento, S. A. Desde Novembro de 2002 que exerce funções
de advogado em nome individual. De Março de 2001 até Setembro de 2002 desempenhou o cargo de director do Centro Distrital de
Solidariedade e Segurança Social de Coimbra. De Setembro de 1999 até Fevereiro de 2001 desempenhou o cargo de adjunto do governador civil de Coimbra. Entre 1992 e 1999 exerceu as funções de director da Escola Profissional da Lousã. De 1987 até Setembro de 1992 foi adjunto na Câmara Municipal da Lousã.
Ass: Jotinha