O 25 de Abril veio encontrar na Rua Braancamp, a Cooperativa Esteiros, nome e local com que fomos obrigados a substituir a cooperativa livreira que, com o nome de DEVIR, na Rua Duque de Loulé, tinha sido mandada encerrar pelo Governador Civil, com a ajuda prestimosa dos touros da ganadaria do capitão Maltês [E1] [E1] , expressão com que designávamos os polícias de choque que, não raras vezes, nos tinham agredido sob o comando do detestável oficial. Ficaram para trás memoráveis sessões onde pontificaram Pereira de Moura, Sérgio Ribeiro, Lino de Carvalho, Hugo Blasco Fernandes, Carlos Carvalhas, Ana Maria Alves, Zé Manuel Tengarrinha, Urbano Tavares Rodrigues, César Oliveira, Sottomayor Cardia e tantos, tantos outros. Foi na Esteiros que me apresentei, regressado à pressa de Coimbra, quando soube do golpe militar. Foi ali que a CDE começou logo a funcionar antes da transferência para o palácio na Rua Artilharia Um. Foi ali que me dei conta que um golpe militar se transformava, pela for