Itália - Eleições e falta de vergonha
Neste fim de semana a Itália vai a votos para a Câmara de Deputados e para o Senado. A escolha está polarizada entre Romano Prodi (esquerda) e Sílvio Berlusconi (direita).
Para Sílvio Berlusconi não é apenas o lugar de primeiro-ministro que está em jogo, é também o futuro do seu imenso império financeiro e de comunicação social.
Daí que os excessos de linguagem, a violação reiterada das leis e a falta de compostura, habituais, se tenham exacerbado.
Berlusconi viola lei e vai à televisão
Berlusconi insulta adversários
Enfim, comporta-se como o pior dos presidentes de uma região autónoma portuguesa.
Comentários
Tinha que faltar o remoque...
A estratégia que foi, ao longo de 5 anos incarnada, por Berlusconi, isto é, o grande capital encarregar-se directamente (pessoalmente) do exercício do poder em vez de delegar em atentos e reverentes fantoches (como costuma fazer), deu a imagem de descalabro e de insolvência política que o Mundo conhece.
Para Berlusconi, no caso de derrota, pode seguir-se a insolvência do seu império, conseguido à margem da lei e do decoro democrático.
Política, sendo a ciência normativa do governo da sociedade civíl, necessita de sabedoria, princípios e ética para o seu democrático desempenho.
E não de personagens, pelo menos boçais, que apodam os adversários como: "coglioni"