Notas Soltas - Janeiro/2008
USA – O próximo presidente não poderá ser pior do que Bush. A limpeza dos neo-conservadores evangélicos é um acto de higiene que facilita o retorno aos valores de Benjamin Franklin e Jefferson, de matriz liberal, fundadores do grande país.
Espanha – A interferência da Conferência Episcopal na campanha eleitoral é a aposta irritada de quem perdeu as novas gerações e convoca velhos devotos para avivar as cicatrizes do franquismo e a memória da cumplicidade eclesiástica.
Rally Lisboa-Dakar – A anulação da prova, cedendo ao terror da al-Qaeda e ao chauvinismo de Sarkozi, foi a prenda da Europa ao terrorismo islâmico.
Ferro Rodrigues – A entrevista à Visão revelou um homem sério cujo assassínio político e moral foi perpetrado por criminosos cuja impunidade envergonha a Justiça.
Paulo Portas – Um cidadão que fotocopia 60.000 documentos do ministério da Defesa, os detém e não é investigado, tem imenso poder ou inspira demasiado medo.
Tratado Europeu (1) – A ratificação parlamentar foi legítima mas a discussão do projecto europeu, a que Portugal deve o progresso, a paz e a democracia, é um dever dos partidos políticos para com os portugueses.
Tratado Europeu (2) – Ficou aquém do que devia e foi minimalista para vencer o impasse criado pelos vetos da França e da Holanda. Só entra em vigor se for ratificado pelos 27 e, depois, cada país é livre de sair.
Aeroporto de Lisboa (1) – A concertação da localização entre o PR e o Governo é um mau precedente, com a ingerência de Cavaco em funções executivas e a partilha do ónus da decisão política. Um fez o que não podia e outro abdicou do que não devia.
Aeroporto de Lisboa (2) – Ignora-se quem perdeu com a nova localização mas sabe-se quem ganhou: Belmiro, Américo Amorim, Lusoponte, Somague, esta com regalias concedidas pelo ex-ministro Ferreira do Amaral, seu actual presidente.
BCP – Nunca a eleição do Conselho de Administração de um banco privado foi objecto de tanta atenção pública e de tamanha ingerência política, com risco de ficarem por apurar os ilícitos criminais que a luta interna pôs a descoberto.
Luís Filipe Meneses – Em vez de se opor ao PS, imiscui-se na organização do espaço público da comunicação social privada e nas decisões de accionistas de um banco, também privado, numa postura de líder estagiário e provisório.
Lei do tabaco – A sanha persecutória aos fumadores, importada dos EUA, não se destina apenas a proteger a saúde, insere-se numa ofensiva contra a liberdade individual.
Teixeira Pinto – A saída do BCP, aos 47 anos, com um prémio de 10 milhões de euros e o compromisso de receber até final de vida a pensão equivalente a 500 mil euros anuais, é um ultraje que sublinha a dimensão das injustiças sociais.
Al-Qaeda – Os sucessivos actos de terrorismo, tentados ou levados a efeito, são o resultado do excesso de fé no Corão, um livro racista, xenófobo e misógino com que os pregadores fanatizam os mais devotos.
Kosovo – A secessão de um país inviável, tornada fatal pela decisão dos EUA e ambiguidade da União Europeia, estimula novas aventuras, ameaça a paz e revoga o direito internacional.
Itália – A demissão de Romano Prodi, após a derrota da moção de confiança no Senado, com a mãozinha do Vaticano, criou condições para eleições antecipadas e abre as portas à direita e ao regresso pouco recomendável de Sílvio Berlusconi.
Companhia de Jesus – Com a eleição do novo superior-geral, Adolfo Nicolás, espera-se que o «papa negro» regresse à modernidade e à democracia, fiel ao magistério de Pedro Arrupe, amainando aos ventos contrários que sopram do Vaticano.
Governo – A remodelação não indicia grandes alterações na linha política mas significa que Sócrates se desgastou com a presidência da União Europeia e cedeu ao clamor da rua e aos sussurros de Belém.
Voos da CIA – Urge averiguar quem, como e quando, autorizou a utilização do espaço aéreo português, entre 2002 e 2006, para «transferências» ilegais de prisioneiros da CIA para o campo de concentração norte-americano de Guantanamo.
Durão Barroso – A alegada indigitação para prémio Nobel da Paz é uma afronta às centenas de milhares de mortos e estropiados do Iraque, vítimas de quem, mentindo, destruiu um país e crucificou o seu povo.
31 de Janeiro – A revolta de 1891 foi a primeira tentativa para pôr termo a uma monarquia cujo adiantado estado de decomposição conduziria à República.
Espanha – A interferência da Conferência Episcopal na campanha eleitoral é a aposta irritada de quem perdeu as novas gerações e convoca velhos devotos para avivar as cicatrizes do franquismo e a memória da cumplicidade eclesiástica.
Rally Lisboa-Dakar – A anulação da prova, cedendo ao terror da al-Qaeda e ao chauvinismo de Sarkozi, foi a prenda da Europa ao terrorismo islâmico.
Ferro Rodrigues – A entrevista à Visão revelou um homem sério cujo assassínio político e moral foi perpetrado por criminosos cuja impunidade envergonha a Justiça.
Paulo Portas – Um cidadão que fotocopia 60.000 documentos do ministério da Defesa, os detém e não é investigado, tem imenso poder ou inspira demasiado medo.
Tratado Europeu (1) – A ratificação parlamentar foi legítima mas a discussão do projecto europeu, a que Portugal deve o progresso, a paz e a democracia, é um dever dos partidos políticos para com os portugueses.
Tratado Europeu (2) – Ficou aquém do que devia e foi minimalista para vencer o impasse criado pelos vetos da França e da Holanda. Só entra em vigor se for ratificado pelos 27 e, depois, cada país é livre de sair.
Aeroporto de Lisboa (1) – A concertação da localização entre o PR e o Governo é um mau precedente, com a ingerência de Cavaco em funções executivas e a partilha do ónus da decisão política. Um fez o que não podia e outro abdicou do que não devia.
Aeroporto de Lisboa (2) – Ignora-se quem perdeu com a nova localização mas sabe-se quem ganhou: Belmiro, Américo Amorim, Lusoponte, Somague, esta com regalias concedidas pelo ex-ministro Ferreira do Amaral, seu actual presidente.
BCP – Nunca a eleição do Conselho de Administração de um banco privado foi objecto de tanta atenção pública e de tamanha ingerência política, com risco de ficarem por apurar os ilícitos criminais que a luta interna pôs a descoberto.
Luís Filipe Meneses – Em vez de se opor ao PS, imiscui-se na organização do espaço público da comunicação social privada e nas decisões de accionistas de um banco, também privado, numa postura de líder estagiário e provisório.
Lei do tabaco – A sanha persecutória aos fumadores, importada dos EUA, não se destina apenas a proteger a saúde, insere-se numa ofensiva contra a liberdade individual.
Teixeira Pinto – A saída do BCP, aos 47 anos, com um prémio de 10 milhões de euros e o compromisso de receber até final de vida a pensão equivalente a 500 mil euros anuais, é um ultraje que sublinha a dimensão das injustiças sociais.
Al-Qaeda – Os sucessivos actos de terrorismo, tentados ou levados a efeito, são o resultado do excesso de fé no Corão, um livro racista, xenófobo e misógino com que os pregadores fanatizam os mais devotos.
Kosovo – A secessão de um país inviável, tornada fatal pela decisão dos EUA e ambiguidade da União Europeia, estimula novas aventuras, ameaça a paz e revoga o direito internacional.
Itália – A demissão de Romano Prodi, após a derrota da moção de confiança no Senado, com a mãozinha do Vaticano, criou condições para eleições antecipadas e abre as portas à direita e ao regresso pouco recomendável de Sílvio Berlusconi.
Companhia de Jesus – Com a eleição do novo superior-geral, Adolfo Nicolás, espera-se que o «papa negro» regresse à modernidade e à democracia, fiel ao magistério de Pedro Arrupe, amainando aos ventos contrários que sopram do Vaticano.
Governo – A remodelação não indicia grandes alterações na linha política mas significa que Sócrates se desgastou com a presidência da União Europeia e cedeu ao clamor da rua e aos sussurros de Belém.
Voos da CIA – Urge averiguar quem, como e quando, autorizou a utilização do espaço aéreo português, entre 2002 e 2006, para «transferências» ilegais de prisioneiros da CIA para o campo de concentração norte-americano de Guantanamo.
Durão Barroso – A alegada indigitação para prémio Nobel da Paz é uma afronta às centenas de milhares de mortos e estropiados do Iraque, vítimas de quem, mentindo, destruiu um país e crucificou o seu povo.
31 de Janeiro – A revolta de 1891 foi a primeira tentativa para pôr termo a uma monarquia cujo adiantado estado de decomposição conduziria à República.
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