A situação política, depois da demissão de Prodi, é problemática para a Itália e preocupante para a Europa. Romano Prodi, sempre teve poucas condições para governar, e isso tanto era vísivel para os italianos, como para o Mundo.
Concertar uma tão dispar e ampla "coligação" de partidos pequenos, mas com grandes e insaciáveis interesses, é uma tarefa impossível. O espectro político era demaisado largo e aberto para não ser paralisante: ia do centrismo católico à extrema esquerda.
Quando há poucos dias vimos nas TV´s de todo o Mundo o estado da cidade de Napoles, transformada numa gigantesca e insalubre lixeira... Estavamos perante o Estado fraco e impotente para disciplinar e controlar as "guerras" entre facções da Camorra napolitana pelo controlo dos serviços de limpeza e higienação da cidade... era fácil adivinhar que o fim (da coligação) estava próximo...
Mas essa "caldeirada" de interesses trouxe mais uma vez à tona um problema sistémico do regime italiano: a total incapacidade política em lidar com a corrupção.
Algo, de muito errado, estará a passar-se, há demasiado tempo, em Itália.
Só a maléfica terapia de tentar curar ferida de cão com o pêlo do mesmo, cria hipóteses de, neste momento, 'Il Cavaliere' poder estar a esfregar as mãos... ou os "coglioni" ...
A cerimónia, que contou com mais de 250 juízes, foi presidida pelo “chefe” [sic] do Supremo Tribunal de Justiça – diz o DN. Comentários: – Se os juízes não aprenderem a respeitar o poder legislativo e o poder executivo, sem ameaças, arriscam-se a perder o respeito que lhes é devido; – Os juízes podem acusar o Governo de agir como no Estado Novo (eufemismo que designa a ditadura fascista), apenas os que têm mais vocação sindicalista, mas hoje não se podem queixar de passar pela humilhação de integrarem Tribunais Plenários para os quais nunca faltaram candidatos. Fonte : DN, hoje – pg. 14
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Romano Prodi, sempre teve poucas condições para governar, e isso tanto era vísivel para os italianos, como para o Mundo.
Concertar uma tão dispar e ampla "coligação" de partidos pequenos, mas com grandes e insaciáveis interesses, é uma tarefa impossível.
O espectro político era demaisado largo e aberto para não ser paralisante: ia do centrismo católico à extrema esquerda.
Quando há poucos dias vimos nas TV´s de todo o Mundo o estado da cidade de Napoles, transformada numa gigantesca e insalubre lixeira... Estavamos perante o Estado fraco e impotente para disciplinar e controlar as "guerras" entre facções da Camorra napolitana pelo controlo dos serviços de limpeza e higienação da cidade... era fácil adivinhar que o fim (da coligação) estava próximo...
Mas essa "caldeirada" de interesses trouxe mais uma vez à tona um problema sistémico do regime italiano:
a total incapacidade política em lidar com a corrupção.
Algo, de muito errado, estará a passar-se, há demasiado tempo, em Itália.
Só a maléfica terapia de tentar curar ferida de cão com o pêlo do mesmo, cria hipóteses de, neste momento, 'Il Cavaliere' poder estar a esfregar as mãos... ou os "coglioni" ...
Il Caimano e il Vaticano aspettam.