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Divagando sobre barretes e 'experiências'…
Por
e-pá!
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Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c...
26 de agosto – efemérides
Por
Carlos Esperança
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1789 – A Assembleia Constituinte francesa aprova a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. (Fizeram mais os deputados franceses num só dia do que todos os clérigos desde que o deus de cada um deles criou o Mundo). 1931 – Tentativa de golpe de Estado em Portugal contra a ditadura. (Há azares que se pagam durante duas gerações. Este levou quase 43 anos a reparar). 2004 – O Supremo Tribunal do Chile retirou a imunidade ao antigo ditador Augusto Pinochet. (Vale mais tarde do que nunca).
Comentários
A situação não é tão brilhante como parece se enquadrarmos mais parâmetros.
Assim:
"O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado em 2006 indica que 18 por cento dos indivíduos residentes em Portugal se encontravam em risco de pobreza, o que reflecte uma redução face aos dois anos anteriores.
A taxa de pobreza situou-se nos 19 por cento, em 2005, e nos 20 por cento, em 2004.
A taxa de risco de pobreza corresponde à proporção de habitantes com rendimentos anuais por adulto equivalente inferiores a 4.386 euros no ano anterior (cerca de 366 euros por mês).
A distribuição dos rendimentos caracteriza-se por uma acentuada desigualdade, tendo em conta que o rendimento dos 20 por cento da população com maior rendimento era 6,8 vezes o rendimento dos 20 por cento da população com menor rendimento (6,9 nos dois anos anteriores).
As transferências sociais (excluindo pensões) permitiram reduzir a taxa de pobreza em 7 pontos percentuais, tal como aconteceu no ano de 2005.
Tendo em conta apenas os rendimentos do trabalho, de capital e transferências privadas, 40 por cento da população residente em Portugal estaria em risco de pobreza em 2006 (41 por cento em 2005).
Os rendimentos recebidos a título de pensões de reforma e sobrevivência resultaram num decréscimo de 15 pontos percentuais na percentagem de indivíduos em risco de pobreza.
A taxa de risco de pobreza, após pensões e antes de transferências sociais, foi de 25 por cento em 2006 (26 por cento em 2005).
A taxa de risco de pobreza é superior nas mulheres, de 19 por cento em 2006, enquanto que nos homens foi de 18 por cento.
Tal como nos inquéritos de 2004 e 2005, também em 2006 foram os idosos e as pessoas com menos de 18 anos que registaram as maiores taxas de risco de pobreza, de 26 e 21 por cento, respectivamente.
Segundo o inquérito de 2006, o risco de pobreza para a população em situação de desemprego era de 31 por cento, o que afectava mais os homens (35 por cento) do que as mulheres (28 por cento).
A população empregada (seja por conta de outrém, seja por conta própria) registava em 2006 uma taxa de risco de pobreza de 11 por cento."
in TSF online.
Eu não deitava foguetes!
É verdade o que diz mas se os números fossem de sinal inverso era notícia de primeira página.
Ambos gostaríamos de melhores números mas o sentido é positivo.
Ou não?
Claro,há sempre uns "camaradas" que se safam, os tais que são cada vez mais ricos.
Só não queria cair no dilema de Voltaire:
"Um dia tudo será excelente, eis a nossa esperança;
hoje tudo corre pelo melhor, eis a nossa ilusão".
Progredimos, mas estamos longe do razoável (nem sequer falo do bom).
Mais, qualquer retrocesso neste campo (taxa de pobreza) seria socialmente intolerável.
E politicamente catastrófico.
Este o meu entendimento.
Subscrevo todas as afirmações do seu segundo comentário e acrescento que sinto vergonha do acentuar do fosso económico que separa portugueses.
A defesa que, por vezes, faço das medidas do PS é por saber que:
1 - A direita faria bem pior;
2 - Ninguém, nem o PCP, tem proposto projectos alternativos para alterar a situação;
3 - A maior tributação em sede de IRC (que me agradava)pode ser, numa economia aberta, mais prejudicial do que benéfica.
1 - A direita faria bem pior»
É aqui que o Esperança e todos os idiotas úteis se enganam. A direita não faria pior, porque os inúmeros Esperanças que há neste país não deixavam, protestavam, reclamavam. E a direita sabendo à priori isso, não teria a coragem para implementar as políticas anti-sociais deste governo. Aliás, quando o sócretino pergunta repetidamente aos PSDs por que é que quando eles estavam no governo não executaram as políticas que ele decidiu executar, a resposta é mesmo essa: porque os Esperanças do nosso país se «revoltariam». Por muito menos caíu o Cavaco, e sem bem nos lembramos na linha da frente dos protestos e dos buzinões na ponte 25 de Abril, estava um dos tachistas do actual regime: o sócretino e oportunista Armando Vara.
Agora, e ao contrário, este governo, dizendo-se socialista e de esquerda, pode adoptar as políticas de direita e anti-sociais que quiser porque os idiotas úteis as aceitam em nome não de um qualquer ideal, mas apenas de uma palavra esvaziada do seu conteúdo: «esquerda». O que é pois a esquerda moderna? É a «esquerda» que aceita ser de direita desde que se chame esquerda.
É claro que quando o PSD voltar ao poder será um governo mais à direita deste PS. Por duas razões: porque só assim poderá sobreviver já que este PS ocupou o seu espaço político (de direita); e porque o que antes o PSD estava interdito de fazer, já está a ser feito pelo PS. A porta do liberalismo e da privatização das funções sociais do Estado foi aberta por este PS(com a permissão e o aplauso dos Esperanças deste país), e como é óbvio o PSD não a vai fechar, mas vai antes arrancá-la. Ou seja, vai acabar o trabalho iniciado pelos sócretinos. Esteja aberta ou arrancada, a verdade é que em ambos os casos ela não está fechada.
Uma pessoa está em risco de pobreza se auferir menos de 60% do rendimento médio. Ora, uma vez que devido a transferências sociais e salário mínimo existe um limiar abaixo do qual ninguém desce, na verdade se o rendimento médio diminuir então a taxa de pobreza pode diminuir.
Vejamos em exemplo:
Período 1
1 pessoas aufere(m) - 100 euros
2 pessoas aufere(m) - 125 euros
3 pessoas aufere(m) - 200 euros
2 pessoas aufere(m) - 350 euros
1 pessoas aufere(m) - 500 euros
1 pessoas aufere(m) - 1000 euros
Rendimento médio : 227.5
Limiar de pobreza: 136.5
% de risco : 30%
Período 2
1 pessoas aufere(m) - 100 euros
2 pessoas aufere(m) - 125 euros
3 pessoas aufere(m) - 200 euros
2 pessoas aufere(m) - 350 euros
1 pessoas aufere(m) - 500 euros
1 pessoas aufere(m) - 1000 euros
0 pessoas aufere(m) - 1100 euros
Rendimento médio : 305
Limiar de pobreza: 183
% de risco : 30%
Período 2 (Anulamento da classe média e enriquecimento do topo)
2 pessoas aufere(m) - 100 euros
6 pessoas aufere(m) - 125 euros
1 pessoas aufere(m) - 200 euros
0 pessoas aufere(m) - 350 euros
0 pessoas aufere(m) - 500 euros
0 pessoas aufere(m) - 1000 euros
1 pessoas aufere(m) - 1100 euros
Rendimento médio : 205
Limiar de pobreza: 123
% de risco : 20%
Como se vê o risco diminuiu, contudo a maior parte dos porugueses está mais pobre.
-ministro a reconhecer ter-se enganado quando, na véspera, atribuiu ao Complemento Solidário para Idosos (CSI) um papel importante na redução da taxa de risco de pobreza, ontem divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Paulo Portas referia-se às afirmações de José Sócrates a propósito do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado em 2006, que levou o INE a concluir ter baixado a percentagem da população em risco de pobreza, de 19 para 18 por cento. "Estou convencido de que o Complemento Solidário para Idosos teve aí um efeito fundamental", afirmou o primeiro-ministro.
"Como os relatórios não dizem o que o senhor quer, o senhor diz o que os relatórios não dizem", considerou Portas, lembrando que aquele inquérito se baseia em dados de 2005 (ver PÚBLICO de ontem), quando ainda não existia o CSI. "Reconheço que o
indicador de 2006 tem dados de 2005, mas nove meses desse ano já dizem respeito a este Governo", retorquiu Sócrates, reafirmando que o CSI "vai dar uma ajuda para que a pobreza seja diminuída em 2006 e 2007".
"Admita que se enganou por completo, seria um momento único", contra-atacou mais tarde o líder par-
lamentar centrista, Diogo Feio.»
É... Já deu para perceber há muito que este governo trabalha para as estatísticas e que «trabalha» essas estatísticas.