Nem tudo são más notícias

O número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego em Portugal caiu 13,8 por cento em Dezembro, face a igual mês de 2006, mantendo a trajectória descendente pelo 22º mês consecutivo, indicou este quinta-feira o IEFP.

Comentários

Anónimo disse…
Hum...não acredito, houve, seguramente, limpeza de ficheiros.

Todos nós conhecemos, muita gente sem emprego, infelizmente, nem todos recebem subsídio de desemprego...e só esses, são contabilizados.

Os empregos que este governo tem arranjado... manobrando os números.
Anónimo disse…
A notícia de ontem, é estranha, muito estranha... cheiro a gaz, numa zona de Lisboa.

Esta notícia foi dada intensamente, nos canais públicos, com directos e tudo. Os portugueses foram alarmados, por conta de coisa nenhuma ou talvez não...

Entretanto, na AR, a censura ao governo, era noticiada de raspão, não convinha que o povo fosse alertado.

Hoje, tivemos conhecimento que o tal cheiro intenso, a gaz, vinha dum frasco de enxofre...

Tenho dó, do meu país.
Anónimo disse…
O que eles não explicam é como chegam aos 13,8%, mas gostava de ver tudo isto bem explicadinho.
- Obrigam as pessoas que estão a receber subsidio de desemprego a frequentarem cursos de formação de qualquer forma.Eu assisti, porque me encontro no desemprego, a um distinto técnico do IEFP obrigar um homem de 64anos,com a 4ªclasse, e que durante + de 42 anos teve como profissão soldador a frequentar um curso de computadores.O homen ficou em pânico e até chorou, argumentando que ia pedir a reforma.O distinto foi implacável, tem de ir. Tratam os desempregados como se fossem reclusos,a lei obriga a apresentações de 15 em 15 dias nas Juntas de freguesia ou nos Centros.
Obriga a provar a procura de emprego através dos recidos dos selos dos correios dos envios de cartas com candidaturas expontâneas, ou respostas a anúcios de jornais.Quanto mais habilitações o desempregado tiver maior é o número de respostas por mês.Em qualquer altura pode ser chamado a fazer prova,e para tal tem que estar sempre às ordens e em casa (prisão domiciliária).Sempre que o Centro de emprego o desejar chamam o desempregado metem-nos numa sala e ensinam a fazer curriculuns, tanto dá para o soldador como para o professor, e nas estatísticas conta como formação.Se por motivo de força maior o desempregado não comparecer, tem que justificar no prazo de 5 dias, e fica ao livre arbítrio do Director do centro porque correndo mal cortam o subsídio.Este historial poderá ou não chocar, mas quando se trabalha 4o anos, se é vítima da má gestão desses grandes empresários que acompanham as comitivas presidenciais, ministeriais e outras, que levaram grandes empresas à falência,com dívidas à Seg. Social, ao Fisco que tiveram meses a pagar meio vencimento,não pagaram indeminizações, deram o pontapé, remeteram-nos para esta situação, e eu é que tenho que ser vigiada e cumpridoraduma lei que me considera português de 2ª???.
Anónimo disse…
Peço desculpa -espontâneas-
Anónimo disse…
Não é verdade que sejam apenas contabilizados os desempregados que se encontrem a receber o subsídio de desemprego ou o subsídio social subsequente, quando é caso disso. Mas, na realidade, isto não desmente os abnegados esforços do IEFS de recorrer a todas as manobras para desembaraçar-se dos desempregados que esgotam o período de concessão daqueles subsídios, e que, por desconhecimento, incúria ou cansaço, se esquecem de manter o registo da sua real situação laboral naquele instituto. Basta não responder a um postal, que não se recebe, ou não remeter em prazo útil, por esquecimento ou por uma qualquer indisponibilidade, a respectiva resposta, e o nome do desempregado é logo retirado irreversívelmente da respectiva lista, sem mais delongas, alinhando-se assim o perfil mais favorável das estatísticas.
Mas, existem também outros aspectos pouco dignificantes para o IEFP, que, de um modo geral, olha para os desempregados como de inimigos se tratassem. É verdadeiramente chocante a forma como são tratados os desempregados com mais de cinquenta e tal anos, e que desesperadamente já não encontram outro emprego. São submetidos a cursos, eufemisticamente, chamados de formação profissional, ministrados por empresas privadas, cujos formadores são, na sua generalidade, mal preparados, arrogantes e petulantes. Ainda um dia haveremos de saber quem são os donos dessas empresas e quais os valores que facturam ao Estado.
Há dias, recolhi o depoimento de uma trabalhadora na situação de desemprego de longa duração, que me descreveu o calvário a que a sujeitam. Apresentações periódicas na Junta de Freguesia(era mais indicado e compatível ser nas esquadras da PSP), notificações constantes para se deslocar à sua delegação do IEFP, a fim de assistir a inúteis reuniões, onde são debitadas banalidades por formadores arvorados, preocupados em preencher o tempo do horário pré-estabelecido. Nem sequer há a preocupação de homogeneizar os desempregados em função do seu grau de especialização profisssional e das suas habilitações literárias. Chegou-se ao ridículo de, numa dessas reuniões, e segundo aquele depoimento, mandar um desempregado de 62 anos, mecânico de profissão, e que se reformará quando esgotar o período de concessão do respectivo subsídio, frequentar um curso de iniciação à informática, ordenação esta que o levou ao desespero, chegando mesmo a chorar em plena reunião. É que ele tinha receio de se confrontar com uma previsível incapacidade de aprender o que quer que fosse do universo da informática.
A indiferença para os desempregados é de tal ordem, que nem a ausência do domicílio, por poucos dias que seja, é consentida. Para compensar esta privação, o legislador criou uma nova figura jurídica, as férias do desempregado, uma verdadeira caricatura do Direito do Trabalho,em que se postula que um desempregado pode requisitar em cada ano, e com 14 dias de antecedência, um mês de férias. Portugal é um país maravilhoso, onde até os desempregados têm férias.
Mas, curiosamente, a informação desta benesse envenenada, que oculta oe efeitos perversos da privação imposta, é intencionalmente sonegada aos desempregados, quer no momento em que procedem à sua inscrição no centro de emprego, quer nessas reuniões periódicas, onde apenas se fala, repetitivamente e até à exaustão, de deveres e obrigações.
É indesmentível que este governo, refugiando-se no falacioso argumento das frequentes fraudes cometidas por uma ínfima minoria, cultivou um desprezo humilhante pelos desempregados de longa duração e também, é bom que se diga, pelos reformados da Segurança Social, cujas pensões se vão desvalorizando em função do ritmo da inflação.
Com isto, não quero dizer que o PSD faria melhor. Em relação aos governos presididos por esse partido também já estamos vacinados.
Anónimo disse…
O que me admira é como é que os ucranianos, moldavos e outros que mal ssbem falar português arranjam emprego e os portugueses não!
Anónimo disse…
Tal qual como os portuguêses analfabetos, noutros tempos, encontraram trabalho em França e noutros países.
Anónimo disse…
Momento de humor:

«O que me admira é como é que os ucranianos, moldavos e outros que mal ssbem falar português arranjam emprego e os portugueses não»


A mim também me admira por que é que os mais de 50 mil licenciados no desemprego não vão trabalhar para as obras e na limpeza das casas de banho.
Anónimo disse…
«Subsídio "normal" de desemprego é cada vez menos atribuído

O número de subsídios sociais de desemprego atribuídos pela Segurança Social em 2007 duplicou face ao ano anterior. Esta prestação social tem um cariz de emergência social (e não de seguro social), destinando-se aos desempregados que contribuíram durante mais de 180 dias para a Segurança Social, mas que não cumpriram o período mínimo de descontos - 450 dias nos dois anos anteriores ao desemprego - necessário para aceder ao subsídio de desemprego "normal".

Por outro lado, este subsídio só pode ser requerido por membros de famílias pobres e o seu valor é muito reduzido e independente do salário declarado anteriormente. À primeira vista, este aumento do recurso aos subsídios sociais sugere uma maior instabilidade e precariedade dos empregos, designadamente por via dos contratos a termo.»


Este governo tornou mais dificil a vida aos desempregados, mas não satisfeito com isso prepara-se para implementar a dita flexi-segurança, que, dizem eles, torna o emprego menos seguro e mais flexivel, mas a assegura uma maior e melhor assistência no desemprego.
Pergunta retórica: Quererá isso dizer que vão revogar as leis que aumentaram o número de dias de contríbuições para se ter direito ao subsídio de desemprego?
Vítor Ramalho disse…
Em Portugal, o poder de compra caiu de tal modo que até a classe média está a sentir na pele essa queda.

No seu estilo inconfundível, o Bloco de Esquerda atacou o Governo com o seguinte argumento:

- Temos a situação tão degradada com os valores éticos, sociais e morais a ser postos quotidianamente em causa por este Governo, que até universitárias estão a começar a prostituir-se.

A resposta de Sócrates não se fez esperar:

- Em primeiro lugar, este Governo não recebe lições de ética, nem quaisquer outras, de ninguém; em segundo lugar e como é apanágio de V. Ex.ª que já nos habituou à distorção sistemática da realidade, o que acontece é exactamente o oposto: a situação é tão boa que até as prostitutas já são universitárias.

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