Comentário: Qualquer país é livre de sair. A alegria de Jerónimo de Sousa com o NÃO da Irlanda leva-me a pensar que o abandono da Europa não será a melhor solução para Portugal.
O PC, como partido da Pseudo -Esquerda reaccinária, irmana-se, no que toca à construção da Europa, com os mais reaccionários dos irlandeses. Para o PC, nós devíamos ficar "orgulhosamente sós", como defendia Salazar, para "construirmos o socialismo"(?!)sozinhos neste cantinho isolado da Europa! Como em Cuba! E ainda têm a pouca vergonha de dizer que são marxistas! Onde vai o "proletários de todos oa países, uni-vos!"? Pobre Marx! Os capitalistas parecem mais marxistas do que os soi-disant "comunistas"! Que miséria!
Com esta "solução", morre a Europa, e nascerão mais opositores do que antes.
Eu sou um deles.
Não tenho qualquer problema em me assumir como "anti-europeu" como me acusam de "anti-americano", não é a ideia de união que me incomoda, é a base política em que é construída.
Este tratado vai dar muito jeito na próxima guerrinha dos EUA no médio oriente. Bush vai dizer "morde!" e a Europa responderá ao apelo em uníssono, ao contrário do que aconteceu com o Iraque, graças à tal falta de "coesão" que este tratado visa obter.
Matarbustos Eu não quero eliminar ninguém;quem quer eliminar os comunistas são os seus correligionários antieuropeus. Também não quero uma Europa sem comunistas; os soi-disant "comunistas" é que querem um "comunismo" sem Europa!
Isso só faz sentido se só existir uma ideia de Europa, aquela que se se está a querer impor.
Entre as várias coisas por explicar, estão: 1 - a Unicidade deste modelo 2 - a urgência em aplicá-lo 3 - o mal em referendá-lo
A mínima reflexão sobre estes 3 pontos é suficiente para compreender que a retórica dominante a favor do Tratado é mais matéria de fé política do que outra coisa.
UMA Europa que nasce sob ameaça e numa altura em que é cada vez mais clara a intenção de aproximação à China no que toca a direitos laborais e aos EUA no que toca a política externa (em que se quer transformar a NATO na representante militar dessa Europa!), repito: ESTA Europa não interessa. Está a nascer um novo fascimo, abram os olhos ò gerações de e pré Abril!
Apesar de não subscrever a metodologia seguida no Tratado de Lisboa, não posso deixar de estar apreensivo com o vácuo criado com a não evistência de uma "carta" europeia.
Agora, não deixa de pairar no ar, pelo menos, duas interrogações: 1.) se o tratado tivesse sido submetido a referendo nos 27, o que teria sucedido? 2.) Quando é que a "elite" política europeia começã a respeitar os cidadãos europeus?
As primeiras reacções dos responsáveis europeus ao resultado do referendo irlandês, resumem-se em duas palavras: muito más!
Ninguém analisa nada. Procura-se a todo o vapor um expediente. Pior, incita-se a Irlanda a arranjá-lo...
A Irlanda, isto é, o povo irlandês, tendo perturbado a progressão europeia, não cometeu nenhum crime... Goste-se, ou não, de referendos.
Se o aumento de impostos fosse objecto de referendo, qual seria o resultado?
O Tratado de Lisboa demorou 7 anos a negociar. Será possível parar mais sete anos para resolver o problema da Irlanda e surgir o inglês, por exemplo?
Diga-se, de uma vez por todas, quem quer a Europa do Tratado de Lisboa e quem não quer.
Eu gostaria que todos os comissários fossem portugueses mas já sei que os outros países querem o mesmo.
Apesar da arbitrariedade penso que os países que quiserem têm o direito de seguir em frente. Quem quiser ficar «orgulhosamente só» tem o direito de sair.
Hoje, contrariamente ao passado, ninguém ocupará militarmente os países que quiserem sair.
"Se o aumento de impostos fosse objecto de referendo, qual seria o resultado?"
A Lei regulamenta o que pode ser objecto (ou não) de referendo. Portanto, o argumento não colhe.
A Europa não começou, nem acaba com o Tratado de Lisboa.
Há 51 anos que andamos nisto (Tratado de Roma de 1957)!
O problema é mudarmos as regras ao sabor dos ventos.
Primeiro, pela 1ª. vez iríamos, em Portugal, fazer um referendo sobre a Europa. Todos conhecemos a argumentação em contrário.
Segundo, a rejeição - por qualquer País dos 27 - do referendo (fosse no Parlamento, fosse por referendo)implicava a sua "morte", na minha opinião, seria mais correcto dizer a sua revisão. Começaram a surgir os argumentos do "opting out". O primeiro seria a Irlanda. Quem se seguiria?
Há, com certeza opositores à UE, por toda a Europa e em Portugal, também. São conhecidos.
Não é o meu caso. Mas, tal facto, não me obriga a considerar o Tratado de Lisboa, bom.
Deste "precalço" devem retirar-se ilações, não só na Irlanda. Compete aos políticos europeus fazê-lo. Para já, tomo desde já a liberdade de sugerir uma: - menos poder à elite burocrática que está sediada em Bruxelas. Assim, talvez não demoremos 7 anos a "construir" um novo Tratado...
Agora, a fuga em frente e "fingir" que nada aconteceu - NÃO!
Não vale a pena fingir que nada aconteceu. Aconteceu e foi grave. A factura vem aí.
A nossa Constituição não previa que os tratados fossem objecto de referendo. Alterou-se porque a UE implica perda de soberania.
O que esteve em causa era se aceitávamos perder soberania ou não.
O Tratado de Lisboa dá mais mandatos aos pequenos países do que lhes caberia proporcionalmente à sua população. É pouco?!!! Talvez!
Mas quem nos obriga a ficar na UE? Não percebo que haja quem estivessse à espera (não é o caso do e-pá) que a Irlanda fizesse aquilo que não tem a coragem de defender.
Parece-me ser este o caso de muita gente. Basta ler a primeira página do último «Avante».
Creio que mais uma vez estamos separados (o que não é grave). Eu aceito, apesar do atropelo jurídico, que os países que se revêem no Tratado de Lisboa avancem.
Não há um só Governo que não tenha legitimidade democrática para avançar ou não.
A legitimidade parlamentar não é inferior à referendária. A Irlanda tinha a Constituição a obrigá-la e, por isso, não lhe foi possível evitar que o eleitorado julgasse o Governo em vez de julgar a Europa.
A nossa divergência resume-se a isto: o e-pá entende que devemos esperar pela Irlanda e eu entendo que não podemos.
Acabou-se a unanimidade e com ela a solidariedade institucional europeia, que se constatou ser impracticável na Europa dos 27, mas devia ter durado até aqui.
Hoje são os irlandeses, amanhã seremos nós?
Começará nos Países mais pequenos para acabar nos grandes ou será aleatório.
Os irlandeses não saiem da UE de livre vontade. Estão a ser jogados borda fora...
Já todos ouvimos a palavre "traição". Traição onde?
Gostaria de ver como seria se tivesse sido a Alemanha a rejeitar o Tratado. Falaríamos em "opting out"? - Never mind!
Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c...
1789 – A Assembleia Constituinte francesa aprova a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. (Fizeram mais os deputados franceses num só dia do que todos os clérigos desde que o deus de cada um deles criou o Mundo). 1931 – Tentativa de golpe de Estado em Portugal contra a ditadura. (Há azares que se pagam durante duas gerações. Este levou quase 43 anos a reparar). 2004 – O Supremo Tribunal do Chile retirou a imunidade ao antigo ditador Augusto Pinochet. (Vale mais tarde do que nunca).
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Eu sou um deles.
Não tenho qualquer problema em me assumir como "anti-europeu" como me acusam de "anti-americano", não é a ideia de união que me incomoda, é a base política em que é construída.
Este tratado vai dar muito jeito na próxima guerrinha dos EUA no médio oriente. Bush vai dizer "morde!" e a Europa responderá ao apelo em uníssono, ao contrário do que aconteceu com o Iraque, graças à tal falta de "coesão" que este tratado visa obter.
Abaixo a ditadura Europeia!
Depois da limpeza, já podem formar a Europa "democrática" e "de todos os Europeus"!
Eu não quero eliminar ninguém;quem quer eliminar os comunistas são os seus correligionários antieuropeus.
Também não quero uma Europa sem comunistas; os soi-disant "comunistas" é que querem um "comunismo" sem Europa!
Isso só faz sentido se só existir uma ideia de Europa, aquela que se se está a querer impor.
Entre as várias coisas por explicar, estão:
1 - a Unicidade deste modelo
2 - a urgência em aplicá-lo
3 - o mal em referendá-lo
A mínima reflexão sobre estes 3 pontos é suficiente para compreender que a retórica dominante a favor do Tratado é mais matéria de fé política do que outra coisa.
UMA Europa que nasce sob ameaça e numa altura em que é cada vez mais clara a intenção de aproximação à China no que toca a direitos laborais e aos EUA no que toca a política externa (em que se quer transformar a NATO na representante militar dessa Europa!), repito: ESTA Europa não interessa. Está a nascer um novo fascimo, abram os olhos ò gerações de e pré Abril!
Agora, não deixa de pairar no ar, pelo menos, duas interrogações:
1.) se o tratado tivesse sido submetido a referendo nos 27, o que teria sucedido?
2.) Quando é que a "elite" política europeia começã a respeitar os cidadãos europeus?
As primeiras reacções dos responsáveis europeus ao resultado do referendo irlandês, resumem-se em duas palavras: muito más!
Ninguém analisa nada. Procura-se a todo o vapor um expediente. Pior, incita-se a Irlanda a arranjá-lo...
A Irlanda, isto é, o povo irlandês, tendo perturbado a progressão europeia, não cometeu nenhum crime...
Goste-se, ou não, de referendos.
Se o aumento de impostos fosse objecto de referendo, qual seria o resultado?
O Tratado de Lisboa demorou 7 anos a negociar. Será possível parar mais sete anos para resolver o problema da Irlanda e surgir o inglês, por exemplo?
Diga-se, de uma vez por todas, quem quer a Europa do Tratado de Lisboa e quem não quer.
Eu gostaria que todos os comissários fossem portugueses mas já sei que os outros países querem o mesmo.
Apesar da arbitrariedade penso que os países que quiserem têm o direito de seguir em frente. Quem quiser ficar «orgulhosamente só» tem o direito de sair.
Hoje, contrariamente ao passado, ninguém ocupará militarmente os países que quiserem sair.
"Se o aumento de impostos fosse objecto de referendo, qual seria o resultado?"
A Lei regulamenta o que pode ser objecto (ou não) de referendo. Portanto, o argumento não colhe.
A Europa não começou, nem acaba com o Tratado de Lisboa.
Há 51 anos que andamos nisto (Tratado de Roma de 1957)!
O problema é mudarmos as regras ao sabor dos ventos.
Primeiro, pela 1ª. vez iríamos, em Portugal, fazer um referendo sobre a Europa. Todos conhecemos a argumentação em contrário.
Segundo, a rejeição - por qualquer País dos 27 - do referendo (fosse no Parlamento, fosse por referendo)implicava a sua "morte", na minha opinião, seria mais correcto dizer a sua revisão.
Começaram a surgir os argumentos do "opting out".
O primeiro seria a Irlanda. Quem se seguiria?
Há, com certeza opositores à UE, por toda a Europa e em Portugal, também. São conhecidos.
Não é o meu caso. Mas, tal facto, não me obriga a considerar o Tratado de Lisboa, bom.
Deste "precalço" devem retirar-se ilações, não só na Irlanda.
Compete aos políticos europeus fazê-lo.
Para já, tomo desde já a liberdade de sugerir uma:
- menos poder à elite burocrática que está sediada em Bruxelas.
Assim, talvez não demoremos 7 anos a "construir" um novo Tratado...
Agora, a fuga em frente e "fingir" que nada aconteceu - NÃO!
Não vale a pena fingir que nada aconteceu. Aconteceu e foi grave. A factura vem aí.
A nossa Constituição não previa que os tratados fossem objecto de referendo. Alterou-se porque a UE implica perda de soberania.
O que esteve em causa era se aceitávamos perder soberania ou não.
O Tratado de Lisboa dá mais mandatos aos pequenos países do que lhes caberia proporcionalmente à sua população. É pouco?!!! Talvez!
Mas quem nos obriga a ficar na UE? Não percebo que haja quem estivessse à espera (não é o caso do e-pá) que a Irlanda fizesse aquilo que não tem a coragem de defender.
Parece-me ser este o caso de muita gente. Basta ler a primeira página do último «Avante».
De acordo.
Aliás, já referia isso no comentário precedente:
"Há, com certeza opositores à UE, por toda a Europa e em Portugal, também. São conhecidos."
Infelizmente, a Irlanda não criou um problema a Portugal. Criou-o a toda a UE.
Portanto, não vamos discutir uma situação politicamente tão melindrosa, circunscritos ao nosso espaço doméstico.
Não acha?
Creio que mais uma vez estamos separados (o que não é grave). Eu aceito, apesar do atropelo jurídico, que os países que se revêem no Tratado de Lisboa avancem.
Não há um só Governo que não tenha legitimidade democrática para avançar ou não.
A legitimidade parlamentar não é inferior à referendária. A Irlanda tinha a Constituição a obrigá-la e, por isso, não lhe foi possível evitar que o eleitorado julgasse o Governo em vez de julgar a Europa.
A nossa divergência resume-se a isto: o e-pá entende que devemos esperar pela Irlanda e eu entendo que não podemos.
Acabou-se a unanimidade e com ela a solidariedade institucional europeia, que se constatou ser impracticável na Europa dos 27, mas devia ter durado até aqui.
Hoje são os irlandeses, amanhã seremos nós?
Começará nos Países mais pequenos para acabar nos grandes ou será aleatório.
Os irlandeses não saiem da UE de livre vontade. Estão a ser jogados borda fora...
Já todos ouvimos a palavre "traição". Traição onde?
Gostaria de ver como seria se tivesse sido a Alemanha a rejeitar o Tratado.
Falaríamos em "opting out"?
- Never mind!