A Justiça e o caso Sócrates
Dou por mim a pensar no circo mediático que, de forma obsessiva, tem lugar na praça pública e fico a desejar, para bem do que resta das instituições e da sua degradação, que se provem as acusações que, na sequência de um crime de grosseira violação do segredo de justiça, são do conhecimento público.
Não tenho qualquer estado de alma e, à partida, penso que nenhum procurador ou juiz seria capaz de deter um ex-primeiro-ministro sem indícios tão sólidos que pudessem arruinar a respeito devido aos Tribunais. A satisfação de ódios de estimação não entram na equação.
Não esqueço o alvoroço provocado com o ex-deputado Paulo Pedroso que deixou que o prendessem, renunciando e exigindo o levantamento da imunidade parlamentar, para depois não ser sequer acusado, no caso Casa Pia. Foi linchado em público, com câmaras de televisão que tinham «acidentalmente» acompanhado o juiz que o foi prender.
Apesar da coincidência infeliz de se estar na véspera do congresso do PS e de a TV se encontrar no aeroporto, à hora da chegada do cidadão que chefiou dois Governos, e não ocupa agora qualquer cargo político, só a violação do segredo de justiça merece reparo.
Abstraindo do drama pessoal de Sócrates, desejo que os motivos que conduziram ao seu linchamento público sejam cabalmente provados.
Os Tribunais são o único órgão da soberania em que ainda devemos acreditar. Não é um cidadão que está em causa, é a Justiça que fica sob escrutínio. Se vier a falhar, resta-nos pensar que temos a maioria, o Governo e o PR que merecemos.
Não tenho qualquer estado de alma e, à partida, penso que nenhum procurador ou juiz seria capaz de deter um ex-primeiro-ministro sem indícios tão sólidos que pudessem arruinar a respeito devido aos Tribunais. A satisfação de ódios de estimação não entram na equação.
Não esqueço o alvoroço provocado com o ex-deputado Paulo Pedroso que deixou que o prendessem, renunciando e exigindo o levantamento da imunidade parlamentar, para depois não ser sequer acusado, no caso Casa Pia. Foi linchado em público, com câmaras de televisão que tinham «acidentalmente» acompanhado o juiz que o foi prender.
Apesar da coincidência infeliz de se estar na véspera do congresso do PS e de a TV se encontrar no aeroporto, à hora da chegada do cidadão que chefiou dois Governos, e não ocupa agora qualquer cargo político, só a violação do segredo de justiça merece reparo.
Abstraindo do drama pessoal de Sócrates, desejo que os motivos que conduziram ao seu linchamento público sejam cabalmente provados.
Os Tribunais são o único órgão da soberania em que ainda devemos acreditar. Não é um cidadão que está em causa, é a Justiça que fica sob escrutínio. Se vier a falhar, resta-nos pensar que temos a maioria, o Governo e o PR que merecemos.
Comentários
É uma forma de pressão inqualificável fazer afirmações do género das suas.
Não é o primeiro e não será o último por certo, e é grave.
Para não macular a justiça, condena-se um inocente,não é?