O deputado Miguel Macedo em seu labirinto
O ex-ministro Miguel Macedo, que tão depressa ocupou o lugar de deputado a que tinha direito, em temos penais só responderá perante a Justiça, e se for solicitado, mas deve ao país uma explicação, politicamente mais pertinente, depois de ter resistido ao escândalo dos serviços secretos em 2012.
A coincidência das relações pessoais e nomeações, onde o azar lhe bateu à porta, podem deixar suspeitas no cidadão comum, que deve interrogar-se sobre a ocorrência do atraso na nomeação de um alto funcionário para a China onde deveria fiscalizar a atribuição de vistos dourados, e a que o próprio Governo teria pedido urgência.
Acresce que o encontro, não desmentido, do ex-ministro com Zhu Xiaodong, o cidadão chinês ora detido sem admissão de caução, alegadamente realizado em Espanha, fora do alcance da vigilância da PJ, e não no seu gabinete, agrava as suspeitas.
Tratando-se de um ministério tão sensível e envolvendo os serviços secretos, que podem ter interferido e prejudicado uma investigação tão sensível, é necessário averiguar como conheceu o ministro o dito cidadão, a quem terá oferecido bilhetes para um espetáculo desportivo, o motivo que o levou ao encontro, quem mais assistiu e com quem viajou.
O perigo de haver pessoas, grupos ou redes criminosas com acesso às informações mais sensíveis do Estado e de poderem condicionar nomeações, decisões ou interferências no combate à corrupção, minam a confiança nos órgãos de soberania e o respeito de outros países nos serviços secretos portugueses.
Independentemente do processo judicial, há explicações que os portugueses esperam do ora deputado Miguel Macedo cuja imunidade parlamentar não pode servir de refúgio às explicações que tranquilizem os portugueses e credibilizem os serviços secretos.
A atuação do SIS e do seu diretor, o juiz Horácio Pinto, que acompanhou pessoalmente o «varrimento eletrónico» feito no gabinete de António Figueiredo, presidente do IRN, a seu pedido e agora em prisão preventiva confirmada, tem de ser apurada e esclarecida com todo o rigor. A presença de tão alto funcionário no acompanhamento dos técnicos, fora das horas de expediente, é um ato de tal dedicação ao serviço público que, dados os efeitos explosivos, não pode deixar de ser averiguado.
Um juiz e um deputado levantam dificuldades acrescidas à investigação, mas é de crer que nem o STJ nem a AR lhes fechem a saída do labirinto em que estão enredados e de cuja suspeição necessitam de ser libertados.
Os órgãos de informação, sobretudo o Expresso e a Visão, lançaram o desassossego nos portugueses.
Alguém fazia vista grossa aos vistos dourados enquanto outros não os perdiam de vista e criavam empresas à medida.
A coincidência das relações pessoais e nomeações, onde o azar lhe bateu à porta, podem deixar suspeitas no cidadão comum, que deve interrogar-se sobre a ocorrência do atraso na nomeação de um alto funcionário para a China onde deveria fiscalizar a atribuição de vistos dourados, e a que o próprio Governo teria pedido urgência.
Acresce que o encontro, não desmentido, do ex-ministro com Zhu Xiaodong, o cidadão chinês ora detido sem admissão de caução, alegadamente realizado em Espanha, fora do alcance da vigilância da PJ, e não no seu gabinete, agrava as suspeitas.
Tratando-se de um ministério tão sensível e envolvendo os serviços secretos, que podem ter interferido e prejudicado uma investigação tão sensível, é necessário averiguar como conheceu o ministro o dito cidadão, a quem terá oferecido bilhetes para um espetáculo desportivo, o motivo que o levou ao encontro, quem mais assistiu e com quem viajou.
O perigo de haver pessoas, grupos ou redes criminosas com acesso às informações mais sensíveis do Estado e de poderem condicionar nomeações, decisões ou interferências no combate à corrupção, minam a confiança nos órgãos de soberania e o respeito de outros países nos serviços secretos portugueses.
Independentemente do processo judicial, há explicações que os portugueses esperam do ora deputado Miguel Macedo cuja imunidade parlamentar não pode servir de refúgio às explicações que tranquilizem os portugueses e credibilizem os serviços secretos.
A atuação do SIS e do seu diretor, o juiz Horácio Pinto, que acompanhou pessoalmente o «varrimento eletrónico» feito no gabinete de António Figueiredo, presidente do IRN, a seu pedido e agora em prisão preventiva confirmada, tem de ser apurada e esclarecida com todo o rigor. A presença de tão alto funcionário no acompanhamento dos técnicos, fora das horas de expediente, é um ato de tal dedicação ao serviço público que, dados os efeitos explosivos, não pode deixar de ser averiguado.
Um juiz e um deputado levantam dificuldades acrescidas à investigação, mas é de crer que nem o STJ nem a AR lhes fechem a saída do labirinto em que estão enredados e de cuja suspeição necessitam de ser libertados.
Os órgãos de informação, sobretudo o Expresso e a Visão, lançaram o desassossego nos portugueses.
Alguém fazia vista grossa aos vistos dourados enquanto outros não os perdiam de vista e criavam empresas à medida.
Ponte Europa / Sorumbático
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