A luta política, a ética e os limites da decência
O que tem de ser tem muita força. As reações que vejo nas pessoas que julgava calmas e o ódio que chispa de quem tinha por racional, transformou o quotidiano da política nas segundas-feiras do futebol.
Confunde-se delito comum individual com crime coletivo do partido a que o condenado pertence, a suspeita com factos, a decisão judicial com interesses partidários. O País não aguenta por muito tempo o défice, o desequilíbrio da balança orçamental, a insolvência, a má governação, a irrelevância presidencial, os impostos, a suspeita e o ódio.
O acórdão que condena à prisão quem se deixa cair nas malhas da justiça é a mágoa que cala fundo no coração de correligionários e faz rejubilar os adversários. Não interessa se a punição é justa, benevolente ou exagerada. Não se escrutina a justiça ou se avaliam os arguidos, é na aritmética dos anos de prisão que se vê a bondade dos partidos e a aptidão de quem se propõe executá-los.
A Justiça não pode viver permanentemente sob suspeita nem o país sob emoção. Se não houver um módico de contenção, algo de diferente da indizível entrevista adjudicada ao PM de turno, a convicção de que “nem todos os políticos são iguais”, no mínimo bem diferentes dos que nos governam, o país arrisca-se a aventuras sebastianistas ou a riscos totalitários. Não há democracias vitalícias.
Parece que é a nossa tendência para o abismo que nos condiciona os comportamentos.
Confunde-se delito comum individual com crime coletivo do partido a que o condenado pertence, a suspeita com factos, a decisão judicial com interesses partidários. O País não aguenta por muito tempo o défice, o desequilíbrio da balança orçamental, a insolvência, a má governação, a irrelevância presidencial, os impostos, a suspeita e o ódio.
O acórdão que condena à prisão quem se deixa cair nas malhas da justiça é a mágoa que cala fundo no coração de correligionários e faz rejubilar os adversários. Não interessa se a punição é justa, benevolente ou exagerada. Não se escrutina a justiça ou se avaliam os arguidos, é na aritmética dos anos de prisão que se vê a bondade dos partidos e a aptidão de quem se propõe executá-los.
A Justiça não pode viver permanentemente sob suspeita nem o país sob emoção. Se não houver um módico de contenção, algo de diferente da indizível entrevista adjudicada ao PM de turno, a convicção de que “nem todos os políticos são iguais”, no mínimo bem diferentes dos que nos governam, o país arrisca-se a aventuras sebastianistas ou a riscos totalitários. Não há democracias vitalícias.
Parece que é a nossa tendência para o abismo que nos condiciona os comportamentos.
Comentários
Sem essas dores de cabeça ficavamos como os suíços ingleses e luxemburgueses, a fechar fronteiras a emigrantes pobres, invejosos do seu bem estar.
Assim só temos que passar vistos gold e olhamos para o lado.
É fácil viver tranquilo.