Notas Soltas -- outubro de 2014
5 de Outubro – O apelo de António Costa ao restabelecimento deste feriado e do 1.º de Dezembro, na presença de quem promulgou a eliminação, é o testemunho de fidelidade às datas que honram a História e a identidade do País. Os feriados voltam. O PR, não.
Estado Islâmico – O combate ao sectarismo é urgente e uma questão de sobrevivência civilizacional. Há quem confunda fobia, uma doença do foro psiquiátrico, com o medo, sobejamente justificado, aos trogloditas medievais possessos de demência pia.
OE-2015 – Não se perceberam as discordâncias, no seio do Governo, na sua aprovação. As encenações pífias visaram a defesa eleitoral do CDS. Certamente, mal foi aprovado, começou a ser elaborado o orçamento retificativo, como vem sendo hábito.
Alpoim Calvão – Com honras de herói, a Marinha venerou o militar que esteve sempre no lado errado da História e ao lado de gente avessa à democracia. Após o 25 de Abril, empenhou-se no comércio das armas e no terrorismo do ELP e do MDLP.
Governo – A promessa do Paraíso para 2016, incluindo a descida do IRS, é um ardil de quem julga que os eleitores têm a condescendência do PR que, por insondáveis motivos, protelou as eleições e silencia o deplorável funcionamento das instituições.
Citius – Depois do escândalo SLN/BPN e da maior tragédia financeira portuguesa – a falência GES/BES –, faltava a maior catástrofe informática do Governo, levando o caos à Justiça, com os Tribunais paralisados e 3,5 milhões de processos desaparecidos.
Nuno Crato – O ministério da Educação e Ciência entrou em colapso, com escolas sem professores e alunos sem aulas. Nunca tantos tinham sofrido tanto com tamanha inépcia. É irrelevante o pedido de desculpas de quem procura destruir o ensino público.
Marinho Pinto – Depois dos ataques aos partidos acabou por criar mais um e tornou-se um político igual aos que combatia, mas é ineficaz a raiva que suscita quem combateu a ditadura e foi duas vezes bastonário da OA. A abertura a coligações, exceto com o CDS, é positiva. Pode vir a deter a chave da governação.
Grécia – A ineficácia do segundo resgate e as medidas para o empobrecimento rápido e definitivo ameaçam alterar a geometria eleitoral e precipitar a Europa no beco sem saída que a pode pulverizar numa deriva de nacionalismos belicistas.
BES – Sabe-se que já estava tecnicamente falido em finais de 2013, mas o BP esperou a espoliação dos inocentes, no último aumento de capital, e o próprio PR, tão cauto com as suas ações da SLN, garantiu a liquidez do banco do seu apoiante Ricardo Salgado.
João Grancho – O secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, acusado de um plágio, pelo «Público», plagiou o pedido de demissão irrevogável, de Portas. O Governo começou a ruir com equivalências e acaba a esboroar-se em plágios.
Vaticano – As contradições internas, geridas com pinças pelo papa Francisco, revelam clivagens entre a ala reacionária e a ala alinhada com a modernidade. A homofobia e o horror ao divórcio atiçaram o furacão que abala as tradições do catolicismo romano.
Paulo VI – A exigência de milagres para a santidade é uma tradição obscurantista, que explora a superstição popular, mas a beatificação do papa declaradamente antifascista é a compensação, embora magra, para as distinções conferidas a Pio XII e João Paulo II.
Turquia – Quem pensa que Erdogan é umo muçulmano moderado há de arrepender-se, sem perceber porque prefere o extermínio dos curdos, do Iraque e da Síria, à derrota do Estado Islâmico.
Portugal Telecom – Foi a empresa que mais inovou, investigou, conquistou mercados e se prestigiou nas telecomunicações. Vítima da volúpia de acionistas e da ideologia deste Governo, o apogeu e a queda são a dolorosa metáfora do estado a que o País chegou.
Passos Coelho – A revista Visão, de 23/10, conta como ajudou o patrão da Tecnoforma a criar a ONG, montar a rede de influências, vender projetos e angariar financiamentos. Excelente trabalho sobre o carácter e o passado escondido do atual PM.
MNE – O ministro Rui Machete, numa entrevista à Rádio Renascença, revelou que há portugueses na jihad e que «dois ou três, sobretudo raparigas» querem regressar. Com a referência fez uma delação que equivale a sentença de morte. Terá ensandecido?
EUA – A produção de gás de xisto, apesar dos perigos ecológicos, baixou o preço dos combustíveis fósseis. Venezuela, Rússia, Brasil, Irão e Nigéria veem perigar as suas economias e Portugal gozará de uma folga orçamental que não compensa a má gestão.
Durão Barroso – A presidência da Comissão Europeia, durante dois mandatos, devia ser uma honra para Portugal. A conivência na invasão do Iraque do mais americano dos europeus e a oportunista germanização são nódoas indeléveis de quem fugiu do País.
Maria de Lourdes Pintasilgo – Foi inaugurado em Lisboa um memorial em honra da primeira e única PM portuguesa. É a homenagem devida à grande mulher e democrata no ano em que foi assassinada uma mulher por semana, vítima de violência doméstica.
Brasil – A vitória do liberalismo económico, tragédia herdada de Reagan e Thatcher, era a ameaça. A herança de Lula sobreviveu com a vitória de Dilma, o País não ficou refém do capitalismo selvagem, mas a corrupção urge ser erradicada.
Tunísia – As eleições que deram a maioria, embora relativa, a um partido laico, são um bom prenúncio de que o Islão, à semelhança dos outros monoteísmos, se conforma com a democracia, apesar da demência belicista que percorre o terreno minado pelo Corão.
Ucrânia – A imprudência ocidental na incentivação da revolta pró-Nato e pró- Europa repetiu a proeza da Geórgia com a Ossétia do Norte, provocando a Rússia. A UE paga o gás russo e o pouco estimável Putin tem direito à próxima jogada no xadrez político.
Estado Islâmico – O combate ao sectarismo é urgente e uma questão de sobrevivência civilizacional. Há quem confunda fobia, uma doença do foro psiquiátrico, com o medo, sobejamente justificado, aos trogloditas medievais possessos de demência pia.
OE-2015 – Não se perceberam as discordâncias, no seio do Governo, na sua aprovação. As encenações pífias visaram a defesa eleitoral do CDS. Certamente, mal foi aprovado, começou a ser elaborado o orçamento retificativo, como vem sendo hábito.
Alpoim Calvão – Com honras de herói, a Marinha venerou o militar que esteve sempre no lado errado da História e ao lado de gente avessa à democracia. Após o 25 de Abril, empenhou-se no comércio das armas e no terrorismo do ELP e do MDLP.
Governo – A promessa do Paraíso para 2016, incluindo a descida do IRS, é um ardil de quem julga que os eleitores têm a condescendência do PR que, por insondáveis motivos, protelou as eleições e silencia o deplorável funcionamento das instituições.
Citius – Depois do escândalo SLN/BPN e da maior tragédia financeira portuguesa – a falência GES/BES –, faltava a maior catástrofe informática do Governo, levando o caos à Justiça, com os Tribunais paralisados e 3,5 milhões de processos desaparecidos.
Nuno Crato – O ministério da Educação e Ciência entrou em colapso, com escolas sem professores e alunos sem aulas. Nunca tantos tinham sofrido tanto com tamanha inépcia. É irrelevante o pedido de desculpas de quem procura destruir o ensino público.
Marinho Pinto – Depois dos ataques aos partidos acabou por criar mais um e tornou-se um político igual aos que combatia, mas é ineficaz a raiva que suscita quem combateu a ditadura e foi duas vezes bastonário da OA. A abertura a coligações, exceto com o CDS, é positiva. Pode vir a deter a chave da governação.
Grécia – A ineficácia do segundo resgate e as medidas para o empobrecimento rápido e definitivo ameaçam alterar a geometria eleitoral e precipitar a Europa no beco sem saída que a pode pulverizar numa deriva de nacionalismos belicistas.
BES – Sabe-se que já estava tecnicamente falido em finais de 2013, mas o BP esperou a espoliação dos inocentes, no último aumento de capital, e o próprio PR, tão cauto com as suas ações da SLN, garantiu a liquidez do banco do seu apoiante Ricardo Salgado.
João Grancho – O secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, acusado de um plágio, pelo «Público», plagiou o pedido de demissão irrevogável, de Portas. O Governo começou a ruir com equivalências e acaba a esboroar-se em plágios.
Vaticano – As contradições internas, geridas com pinças pelo papa Francisco, revelam clivagens entre a ala reacionária e a ala alinhada com a modernidade. A homofobia e o horror ao divórcio atiçaram o furacão que abala as tradições do catolicismo romano.
Paulo VI – A exigência de milagres para a santidade é uma tradição obscurantista, que explora a superstição popular, mas a beatificação do papa declaradamente antifascista é a compensação, embora magra, para as distinções conferidas a Pio XII e João Paulo II.
Turquia – Quem pensa que Erdogan é umo muçulmano moderado há de arrepender-se, sem perceber porque prefere o extermínio dos curdos, do Iraque e da Síria, à derrota do Estado Islâmico.
Portugal Telecom – Foi a empresa que mais inovou, investigou, conquistou mercados e se prestigiou nas telecomunicações. Vítima da volúpia de acionistas e da ideologia deste Governo, o apogeu e a queda são a dolorosa metáfora do estado a que o País chegou.
Passos Coelho – A revista Visão, de 23/10, conta como ajudou o patrão da Tecnoforma a criar a ONG, montar a rede de influências, vender projetos e angariar financiamentos. Excelente trabalho sobre o carácter e o passado escondido do atual PM.
MNE – O ministro Rui Machete, numa entrevista à Rádio Renascença, revelou que há portugueses na jihad e que «dois ou três, sobretudo raparigas» querem regressar. Com a referência fez uma delação que equivale a sentença de morte. Terá ensandecido?
EUA – A produção de gás de xisto, apesar dos perigos ecológicos, baixou o preço dos combustíveis fósseis. Venezuela, Rússia, Brasil, Irão e Nigéria veem perigar as suas economias e Portugal gozará de uma folga orçamental que não compensa a má gestão.
Durão Barroso – A presidência da Comissão Europeia, durante dois mandatos, devia ser uma honra para Portugal. A conivência na invasão do Iraque do mais americano dos europeus e a oportunista germanização são nódoas indeléveis de quem fugiu do País.
Maria de Lourdes Pintasilgo – Foi inaugurado em Lisboa um memorial em honra da primeira e única PM portuguesa. É a homenagem devida à grande mulher e democrata no ano em que foi assassinada uma mulher por semana, vítima de violência doméstica.
Brasil – A vitória do liberalismo económico, tragédia herdada de Reagan e Thatcher, era a ameaça. A herança de Lula sobreviveu com a vitória de Dilma, o País não ficou refém do capitalismo selvagem, mas a corrupção urge ser erradicada.
Tunísia – As eleições que deram a maioria, embora relativa, a um partido laico, são um bom prenúncio de que o Islão, à semelhança dos outros monoteísmos, se conforma com a democracia, apesar da demência belicista que percorre o terreno minado pelo Corão.
Ucrânia – A imprudência ocidental na incentivação da revolta pró-Nato e pró- Europa repetiu a proeza da Geórgia com a Ossétia do Norte, provocando a Rússia. A UE paga o gás russo e o pouco estimável Putin tem direito à próxima jogada no xadrez político.
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