António Guterres – uma referência ética da República
Guterres, na minha apreciação, foi o melhor e mais bem preparado primeiro-ministro da Segunda República. Várias vezes o combati quando, numa declaração infeliz, dissuadiu muitos portugueses de se manifestarem no referendo sobre a despenalização do aborto. Mereceu o meu azedume porque foi injusto para com as mulheres sobre quem a espada Dâmocles continuou a pender na sequência da IVG.
Nunca esquecerei a operária de Aveiro que viu a sua intimidade devassada, as privações ampliadas e juntou à dor de viajar de motorizada, logo após o aborto, o desespero de ser julgada e condenada como criminosa que era, segunda a iniquidade da lei que vigorava.
Dito isto, nunca antes dele e, muito menos, depois, as exigências éticas foram tão longe como nos seus governos e jamais a preocupação com os desvalidos foi tão forte. Nunca mais houve tão desvelado cuidado para não deixar enfraquecer os sindicatos. Era o PM que, quando não conseguiam aguentar-se os sindicalistas, se rendia ele para os salvar. Ele sabia que sem sindicalismo não há democracia.
A envergadura intelectual, a dimensão moral e cívica e a solidariedade fizeram dele o único político em quem votei entusiasmado e em quem voltaria a votar se acaso viesse a apresentar-se a novo sufrágio.
Tudo aponta para o seu desapego ao cargo de Presidente da República onde qualquer titular fará um bom lugar, depois da saída do atual e em comparação com ele. Há vários cidadãos que dariam um excelente PR, sobretudo algumas mulheres de grande estatura política, sensibilidade e dimensão ética para o cargo.
Ficaria mais feliz se Guterres viesse a ser o meu PR, mas fico satisfeito se o continuar a ver na generosa dedicação ao serviço dos espoliados ou a exercer quaisquer funções à escala mundial, com a visão cosmopolita, solidária e abnegada de que ele é capaz.
Os talibãs que já andavam a denegri-lo, numa febre clubística para quem os interesses partidários estão acima dos do país, ficaram a alimentar-se com as diatribes, os insultos e o fel que já destilaram.
António Guterres é a maior referência ética do Portugal onde o pântano era inevitável com o atual Governo e os ex-governantes que andam à solta, depois do caso SLN/BPN, Moderna, BCP, Banif, GES/BES e o mundo subterrâneo de várias EPs, Fundações e IPSSs, autarquias e Regiões Autónomas.
É uma honra para Portugal ter um homem da dimensão de Guterres.
Nunca esquecerei a operária de Aveiro que viu a sua intimidade devassada, as privações ampliadas e juntou à dor de viajar de motorizada, logo após o aborto, o desespero de ser julgada e condenada como criminosa que era, segunda a iniquidade da lei que vigorava.
Dito isto, nunca antes dele e, muito menos, depois, as exigências éticas foram tão longe como nos seus governos e jamais a preocupação com os desvalidos foi tão forte. Nunca mais houve tão desvelado cuidado para não deixar enfraquecer os sindicatos. Era o PM que, quando não conseguiam aguentar-se os sindicalistas, se rendia ele para os salvar. Ele sabia que sem sindicalismo não há democracia.
A envergadura intelectual, a dimensão moral e cívica e a solidariedade fizeram dele o único político em quem votei entusiasmado e em quem voltaria a votar se acaso viesse a apresentar-se a novo sufrágio.
Tudo aponta para o seu desapego ao cargo de Presidente da República onde qualquer titular fará um bom lugar, depois da saída do atual e em comparação com ele. Há vários cidadãos que dariam um excelente PR, sobretudo algumas mulheres de grande estatura política, sensibilidade e dimensão ética para o cargo.
Ficaria mais feliz se Guterres viesse a ser o meu PR, mas fico satisfeito se o continuar a ver na generosa dedicação ao serviço dos espoliados ou a exercer quaisquer funções à escala mundial, com a visão cosmopolita, solidária e abnegada de que ele é capaz.
Os talibãs que já andavam a denegri-lo, numa febre clubística para quem os interesses partidários estão acima dos do país, ficaram a alimentar-se com as diatribes, os insultos e o fel que já destilaram.
António Guterres é a maior referência ética do Portugal onde o pântano era inevitável com o atual Governo e os ex-governantes que andam à solta, depois do caso SLN/BPN, Moderna, BCP, Banif, GES/BES e o mundo subterrâneo de várias EPs, Fundações e IPSSs, autarquias e Regiões Autónomas.
É uma honra para Portugal ter um homem da dimensão de Guterres.
Comentários
Só um escroque, dos muitos que aí pululam, negará que Guterres é um político que nos honra.
Mas isso não chega, não chegou, para o transformar no melhor primeiro-ministro da República. Aí o baile pára, porque a polca é outra!
Seria um candidato a Belém que dava baile aos Entrudos que aí andam.
Em 2001, quando se demitiu da presidência do XIV Governo Constitucional, existiria um 'pantanozinho' e, hoje, o que se lhe pede é que se afunde num imenso 'pantanal'. Criado por este Governo, que se mostra incapaz de tirar lições e consequências da brutal perda de apoio popular, e ainda do desastroso legado, para futuro, que o actual PR tem sido, em Belém, um incansável obreiro.
Guterres, sendo oriundo de um sector político-social muito ligado ao catolicismo progressista (apesar de Francisco em vias de extinção) é um cidadão suficientemente esclarecido para não acreditar em soluções 'milagreiras', ou em 'homens providenciais'.
Quem ocupa, desde 2005, um alto cargo na ONU terá necessariamente outros horizontes e, necessariamente, uma profunda distanciação dos projectos político-partidários nacionais. Por mais que esse distanciamento (natural, real e compreensível) perturbe estratégias políticas a curto e médio prazo.
A sua não candidatura poderá objectivamente favorecer a Direita (que preventivamente já iniciou a campanha 'contra' à volta dos pantanosos submarinos), mas seguramente será a posição que melhor se encaixa no seu perfil ético.
Tudo!