O PR, a indústria do calçado e os calos dos portugueses
Enquanto Cavaco Silva glorificava a indústria do calçado, na legítima preocupação com os pés, cujo conforto dela dependem, o País tomava conhecimento do par de botas com que os vistos «gold» tinham apertado os calos ao seu Governo enquanto este os aperta aos contribuintes.
Não se sabe se foi muito o dinheiro que chegou a Portugal, mas é certamente demasiado o que circula. E algum permaneceu, graças às comissões.
São intoleráveis julgamentos na praça pública ou que se difamem simples suspeitos e se exponham ao opróbrio público. Em maledicência, calúnias e intrigas tivemos mestres que estão agora sob forte pressão.
Surpreende que a mais secreta das polícias procure microfones da PJ fora das horas de serviço, com o diretor a acompanhar os técnicos, que sempre que há negócios de Estado apareçam familiares ou sócios de governantes a criar empresas, agências imobiliárias, escritórios de advogados, abridores de portas, para os facilitar. Parece que, por cada boa ideia de Portas, se criam empresas familiares. Mas deve haver uma explicação.
Há coincidências que levam o mais coeso governo a dissolver a cola de interesses que liga os partidos que o sustentam. Ver o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, a dizer que Portas é quem vai dar explicações sobre os vistos gold, numa aparente defesa do MAI, do seu partido, é derramar um diluente sobre a cola que os unia.
Por mais que Cavaco se esforce para castigar o País com este Governo, até ao limite das suas competências, arrisca-se a perder os protegidos, exauridos em contradições internas e interesses divergentes que se tornaram irreversíveis.
Quanto aos acusados manda a decência, num Estado de direito, esperar pelo julgamento dos tribunais e não imitar a corja que ululava calúnias na NET e nos órgãos de serviço contra o anterior Governo.
Não se sabe se foi muito o dinheiro que chegou a Portugal, mas é certamente demasiado o que circula. E algum permaneceu, graças às comissões.
São intoleráveis julgamentos na praça pública ou que se difamem simples suspeitos e se exponham ao opróbrio público. Em maledicência, calúnias e intrigas tivemos mestres que estão agora sob forte pressão.
Surpreende que a mais secreta das polícias procure microfones da PJ fora das horas de serviço, com o diretor a acompanhar os técnicos, que sempre que há negócios de Estado apareçam familiares ou sócios de governantes a criar empresas, agências imobiliárias, escritórios de advogados, abridores de portas, para os facilitar. Parece que, por cada boa ideia de Portas, se criam empresas familiares. Mas deve haver uma explicação.
Há coincidências que levam o mais coeso governo a dissolver a cola de interesses que liga os partidos que o sustentam. Ver o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, a dizer que Portas é quem vai dar explicações sobre os vistos gold, numa aparente defesa do MAI, do seu partido, é derramar um diluente sobre a cola que os unia.
Por mais que Cavaco se esforce para castigar o País com este Governo, até ao limite das suas competências, arrisca-se a perder os protegidos, exauridos em contradições internas e interesses divergentes que se tornaram irreversíveis.
Quanto aos acusados manda a decência, num Estado de direito, esperar pelo julgamento dos tribunais e não imitar a corja que ululava calúnias na NET e nos órgãos de serviço contra o anterior Governo.
Comentários
Encontrei o seu blog através de um email que me chegou, sobre um seu fantástico comentário, em relação ao "chicharro" (nunca me lembro do nome do peixe)ter sido agraciado com uma medalhinha para colocar na lapela, pelo facto de ter dado "a sola" quando tinha sido eleito a formar governo.
Vi o seu blog, e gostei, coincidimos em muitas opiniões, e da maneira como o faz.
Depois desta apresentação deixe que lhe diga...
O que me surpreende é que este povo tenha elegido todas estas vezes (eu já perdi a conta) o residente de Belém.
O que me surpreende é que através da prisão o cidadão Isaltino tenha conseguido eleger quem ele quis e depois de eleito se tenha feito a procissão até a prisão para aclamar o preso, e podiamos falar também da senhora de Felgueiras e podemos continuar por aqui fora...
O que não me vai surpreender meu caro Carlos Esperança, é de ver o chicharro em Belém, depois de concorrer as proximas presidenciais, essa não me vai surpreender porque já estou preparado...
Bem haja pelas suas prosas que por aqui nos brinda...
António Castro