A CAP e o ministro da Agricultura
A CAP é uma poderosa organização que engloba grandes proprietários que vieram do Estado Novo e se acomodaram mal à democracia.
Não deixaram, no entanto, de confiscar em seu proveito parte substancial dos fundos oriundos da Comunidade Europeia.
Ao pretender beneficiar pequenos e médios agricultores em detrimento dos grandes agrários, Jaime Silva comprou uma guerra com tal gente.
A manifestação de força e as arruaças da CAP são uma provocação e um desafio aos critérios de justiça que o ministro defende.
A animosidade da Confederação de interesses que se opõe ao ministro é a prova de que o actual ministério da Agricultura se pauta por critérios de justiça social e se emancipou da tutela da CAP.
No fundo, o que dói aos arruaceiros é que os subsídios para não produzir se transfiram para apoios à produção. São 500 milhões de euros, vindos de ajudas europeias, a que a CAP se julgava com direito graças às influências políticas de que sempre dispôs.
Comentários
Claro que devem pertencer à 3ª juventude de jovens agricultores atacados de uma tal doença de jeepose.
Pobre é quem precisa.
Foi mexer no estrume e agora tem na estrada um enxame de moscas...
e as cumplicidades políticas dos cavacos e outros incompetentes
que há trinta anos têm conduzido a manada
e levado paulatinamente o país à ruína
deram origem a esta cáfila de "lavradores" parasitas
piores que os cogumelos que se alimentam do tronco velho das árvores.
Em Portugal havia, ainda há pouco tempo, cerca de 400 mil agricultores, e recebiam-se cerca de 150 milhões de contos de subsídios europeus. Pois 1650 "lavradores",nem mais um, dedicados aos cereais e à carne (produtos largamente excedentários na Europa) vêm metendo ao bolso, ano após ano, cerca de 50 milhões de contos. Entretanto a Espanha alimenta-nos.
Como é que esta escumalha não há-de escoicinhar?